Bico calado

• «(…) O segmento foi preenchido com opiniões banais e mal fundamentadas, sem acrescentar qualquer informação relevante aos temas escolhidos, evidenciando a constrangedora falta de preparação da comentadora. Seria algo que se esperaria numa conversa informal de café, protagonizada por pessoas com conhecimento supérfluo da actualidade noticiosa, mas nunca de um profissional do jornalismo. (…) O outro elemento deste espaço de opinião que vale a pena destacar surgiu logo no início, com o tema com o qual Moura Guedes abriu a sua diatribe: Jair Bolsonaro. Em vez de assinalar o carácter fascista do representante da extrema-direita, que assumidamente pretende destruir vários dos pilares do Estado de Direito, a comentadora resolveu criticar as pessoas que se associaram a campanhas contra o fascista brasileiro. Especificamente, Moura Guedes atacou as deputadas portuguesas que se manifestaram contra Bolsonaro, desqualificando a causa à qual tentaram dar visibilidade e comparando-as a mulheres que fazem reuniões de Tupperware. Enquanto atacava as opositoras de Bolsonaro, Moura Guedes exibia ao pescoço um colar com uma pistola, um dos mais notórios símbolos de campanha do candidato à presidência do Brasil.(…)» Uma página na rede social.

• Paulo Portas garantia que os vistos gold não têm nada a ver com lavagem de dinheiro e são relevantes para a economia e emprego. Tudo mentira, como prova o relatório da Transparency International. «Em Portugal, 95% do investimento total tem sido em propriedades, o que contribuiu para aumentar a pressão sobre o mercado imobiliário e pouco contribui para a criação de emprego.» (sic).