Elétrico abandonado na Serra da Boa Viagem, do lado do cabo Mondego.
Foto: Pinto Dos Santos Toni 10jul2018.
- «Membros de topo do Governo desdobram-se em declarações, dizendo-se vítimas de ultimato por parte do Bloco. Não houve nem há ultimato. O que há é a exigência de ver cumpridos os compromissos assumidos pelo Governo, para que o último orçamento seja negociado como os anteriores - atempadamente, de forma séria e consistente. Não nos interessam os simulacros. Estamos cá para negociar, resolver problemas e terminar a legislatura. E tudo será mais fácil se o PS controlar o seu nervosismo pré-eleitoral e regressar ao espaço da maioria parlamentar que sustentou até agora o Governo» Mariana Mortágua, in Sem tempo para nervosismos - JN 10jul2018.
- «Bastava que este governo tivesse vestido a camisola do Serviço Nacional de Saúde. A diferença equivale a alguns mil milhões de euros pagos pelo orçamento do SNS às empresas privadas de prestação de cuidados de saúde pela transferência de utentes para as suas unidades. Os quais deviam ser utilizados no serviço público se fosse essa a camisola que o governo tivesse decidido vestir desde que tomou posse. Porém, foi deixando que a falta de vontade política tomasse conta do sector, sempre com o argumento dos compromissos, do défice e da dívida para satisfação da teoria dos dois hemisférios, tipo pataca a mim pataca a ti, até ao dia em que as patacas fiquem todas do mesmo lado. Já não se trata de irresponsabilidade, trata-se da intencionalidade à solta, favorecendo as peças do outro lado do tabuleiro.» Cipriano Justo, in Público 10jul2018.
- O eurodeputado social-democrata Paulo Rangel ocupa a 12.ª posição na lista dos 30 eurodeputados que acumulam outras atividades remuneradas. Rangel contesta o estudo da Transparência Internacional e, em relação ao seu caso, considera os valores apresentados «manifestamente falsos». Além do seu trabalho de eurodeputado, Rangel registou exercer outras seis atividades remuneradas, entre as quais o relatório identifica as de advogado e comentador televisivo, e que nas estimativas da TI acrescentam entre 280 mil a 704 mil euros ao seu rendimento anual. A história tem mostrado que rendimentos externos podem potencialmente ser usados para canalizar pagamentos para os eurodeputados em troca de informações privilegiadas ou ação legislativa. Eles também podem ser usados para campanhas ilícitas ou financiamento de partidos. Em 2011, três eurodeputados foram apanhados por aceitarem pagamentos para apresentar alterações legislativas. Nos últimos cinco anos, houve pelo menos 24 violações das regras de ética, mas nenhuma delas mereceu sanções,tendo havido apenas um caso de repreensão. Verifica-se que normalmente os eurodeputados não declaram atividades extra, presentes acima de um determinado valor ou convites para eventos.
- Esta semana, a corrupção e as alterações climáticas estiveram no centro das atenções internacionais. Um relatório divulgado na segunda-feira destaca várias falhas dentro da Organização Marítima Internacional, a principal agência de transporte marítimo da ONU, que poderia comprometer as metas climáticas. Influências privadas e políticas precárias de transparência e de responsabilização colocam a OMI em risco de subestimar severamente o cumprimento dos seus objetivos. Atualmente, o transporte marítimo contribui com cerca de 2,5% das emissões globais, mas elas podem aumentar para 17% até 2050. O incumprimento na redução drástica das emissões do setor comprometerá os compromissos assumidos por 195 estados no Acordo de Paris da ONU, que visa limitar o aquecimento planetário abaixo de 2 ° C e, idealmente, a não mais do que 1,5 ° C. Outro relatório recente sobre o Green Climate Fund (GCF) da ONU, que oferece bilhões de dólares para projetosde combate às alterações climáticas, destaca os perigos potenciais de fundos desviados. Se os gastos não forem guiados ou monitorizados de perto, o dinheiro poderá facilmente entrar em contas bancárias offshore em vez de entrar em projetos importantes, como abrigos contra ciclones ou barreiras contra inundações. Transparency International.
- Champagne, jantares de luxo ... Ex eurodeputados do Front National terão que devolver 544.000 euros, titula o Nouvel Observateur.
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