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O Município de Espinho acaba de receber o Selo de Qualidade Exemplar da Água para Consumo Humano atribuído pela Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR). Água segura, perdas reais de água, ocorrência de falhas no abastecimento, reciclagem de resíduos de recolha seletiva, resposta a reclamações e cobertura de gastos foram alguns dos parâmetros avaliados.
E o executivo camarário exulta.
Se não conhecesse o perfil, o estilo e o currículo da ERSAR, faría o mesmo. Há, porém, uma face bastante inconveniente nesta treta de puro marketing, no mínimo.
Já em agosto de 2016, a ERSAR se autoelogiava, fazendo publicar coisas como «a água da torneira atingiu um nível de excelência, segundo critérios internacionais, ao chegar aos 99% com boa qualidade, distribuída por todo o país». Tudo para abafar e esconder as críticas de que tem sido alvo por parte de várias entidades, como a Mota-Engil, a Zero e até mesmo o próprio Tribunal de Contas, que a acusou de não defender interesse público.
Terá este rebuçado oferecido à câmara de Espinho algo a ver com um eventual, hipotético apoio/pressão à privatização dos serviços de abastecimento de água neste concelho? Leia-se o estudo de Luísa Tovar intitulado Fraude e manipulação da opinião pública: O cartel dos negócios da água em campanha autárquica.
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