quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Reflexão - Pequena estória do Glifosato

Imagem captada aqui.

Pequena estória do Glifosato
por The Detox Project e Sustainable Pulse


1961 – A Stauffer Chemical Co. patenteia o glifosato. Devido às fortes propriedades de quelação de metais, o glifosato foi inicialmente usado como um agente descalcificante para limpar depósitos de cálcio e outros minerais em tubos e caldeiras de sistemas de água quente residencial e comercial.
1970 – John Franz, da Monsanto, descobre que o glifosato é um herbicida e patenteia-o como tal.
1974 – A Monsanto lança o glifosato com a marca Roundup
1982 – A Monsanto trabalha na criação do transgénico Roundup Ready e adquire a Calgene, onde Luca Comai também trabalhava nesse sentido.
1985 – O ministério do Ambiente dos EUA considera o glifosato um cancerígeno de classe C, com provas de potencial cancerígeno. A Monsanto tenta convencer o governo dos EUA de que o glifosato não é cancerígeno. A operação é liderada por George Levinskas, que colaborava com a Monsanto desde 1971, era Diretor de Avaliação Ambiental e Toxicologia e fora o protagonista da operação de encobrimento do potencial cancerígeno dos PCBs, agora proibidos, na década de 1970. No verão de 1985, a Monsanto cria com sucesso petúnias trasngénicas tolerantes a pequenas quantidades de Roundup.
1989 – A Monsanto assina um contrato com a Asgrow e a Agracetus para criar culturas transgénicas Roundup Ready para o mercado comercial
1991 – O ministério do Ambiente dos EUA altera a classificação do glifosato da Classe C para a Classe E, o que sugere "evidência de não-cancerígeno para humanos".
1992 – A Pioneer (Dupont) compra por 500 mil dólares os direitos do uso do Roundup da Monsanto nos seus cultivos de soja.
1996 – Os primeiros cultivos tolerantes ao glifosato são plantados comercialmente nos EUA. 
2007 – O glifosato populariza-se e vende mais do dobro do concorrente Atrazine.
2010 – O glifosato é patenteado como antibiótico, o que provoca grandes preocupações sobre possíveis danos, nomeadamente a morte de bactérias intestinais benéficas.
2012 – Investigações do professor Seralini revelam danos causados por baixas doses de herbicidas à base de glifosato e cultivos transgénicos.
2014 – a aplicação de glifosato atinge recordes nos EUA.
2015 - A Organização Mundial da Saúde classifica o glifosato como "provavelmente cancerígeno para os seres humanos" (Grupo 2A).
2016 – Uma investigação da Universidade da Califórnia, São Francisco descobre glifosato em 93% das amostras de urina recolhidas em todos os Estados Unidos. O glifosato é também detetado em elevadas quantidades em várias comidas populares.
2017 – Investigações do Dr Michael Antoniou, no King’s College London, confirmam que o Roundup provoca doenças do fígado mesmo em pequenas doses. Uma fuga de e-mails entre a Monsanto e o ministério do Ambiente dos EUA mostram o seu conluio para encobrir, durante mais de 30 anos, o perigo cancerígeno do glifosato.

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