Foto: Ionel Onofras/2017
- «(…) não percebo como pode a bastonária da Ordem dos Enfermeiros apoiar um movimento que recorre a processos anti-deontológicos para reivindicar salários. As Ordens não têm nem devem ter funções sindicais e muito menos devem dar suporte a actos que conflituam com a deontologia e a ética profissionais.(…)» Germano de Sousa, ex-bastonário da Ordem dos Médicos. – Observador.
- «(…) ninguém desde a queda de Salazar encarnou melhor do que Cavaco o que é, bem lá no fundo, a direita portuguesa, por mais Marcelos, Paulos Portas, Durões e Passos que apareçam. Cavaco voltou a enunciar o essencial da sua visão do mundo: a de que a realidade é de direita (conservadora nos valores; hierárquica e desigualitária na ordem social e política; na economia, liberal nas intenções e corporativista na prática), a esquerda é que é ideológica, e a ideologia (isto é, o que Cavaco e a direita acham que ela é) é feita de “delírio e ignorância”, como voltou ele a dizer há dias. Esta é, aliás, uma das suas obsessões recorrentes sobre a natureza da mudança social em geral, e a da Revolução Portuguesa de 1974-76 em particular: para Cavaco, aquele não foi mais do que um período de "loucura política" (Autobiografia, vol. I, 2002) e "loucura ideológica", como dizia ele em 1987 sobre os movimentos sociais no Sul. É por confundir a sua própria ideologia com a realidade que a direita acha, mais do que "loucura", inútil tentar mudá-la porque ela "acaba sempre por derrotar a ideologia". (…)» Manuel Loff in Cavaco, a realidade e o pio, Público9set2017.
- «Dois militantes do CDS, Cláudia Sofia P. Alves e Torcato Caridade da Silva possuem 99% de uma empresa denominada Yupido, criada em 2015, que elevou o seu capital para a fabulosa quantia de 28.768.199.972 euros sem ter faturado um cêntimo até agora. Os dois sócios foram já candidatos à Assembleia Municipal de Loures e nada dizem na Net sobre a origem dos fundos. (…) O Expresso que dá a notícia coloca no mesmo quadrado os valores da rede profissional Linkedin avaliada em 26 mil milhões de dólares e do Facebook como que a tentar explicar que uma empresa sem faturação que ninguém ouviu alguma vez falar se pode comparar com plataformas mundiais conhecidas de toda a gente, incluindo o Facebook (…)» Dieter Dellinger, FB. Bruno Nogueira, no Mata-bicho de 11set2017, sobre este tema.
- «(…) Era previsível. Deixou-se o mercado funcionar. E agora aí temos a conflitualidade agudizada, a turismofobia, que atravessa todos os espectros ideológicos. Poder-se-á pensar que o que aconteceu recentemente em Barcelona e San Sebastian, com grupos a hostilizarem turistas, não chegará a Portugal. Mas as marcas de zanga já estão aí. A vontade de adaptar, regular, diversificar ou gerir fluxos é imperativa. Mas o antagonismo não é tolerável. Todos somos turistas. Todos sabemos que o turismo traz problemas novos e agrava outros que nunca foram realmente enfrentados e que agora se intensificaram gravosamente (como a habitação e o imobiliário, que já antes gerava exclusão, por impossibilidade de acesso ao mercado, por parte de quem desejava e não conseguia viver nos centros), mas se queremos viver em cidades onde coabitação, diversidade e mobilidade é possível, não se pode cair na estigmatização. Não é o turismo, nem os turistas, que devem ser combatidos, mas sim a ausência de equilíbrio. (…)» Vítor Belanciano, in Turismofobia, Madonna e eleições – Público 11set2017.
- Allison Blake, diplomata britânica, foi acusada de ter ajudado a British American Tobacco a não pagar 170 milhões de libras de imposto devido ao Bangladesh. The Guardian.
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