Imagem captada aqui.
por Andrew King, investigador da University of Melbourne,
na The Conversation.
(Tadução livre de excertos)
«As alterações climáticas causadas pelo homem têm aumentado os impactos da tempestade.
Felizmente, no caso de Harvey, a tempestade não tem sido muito má, ao contrário dos furacões Katrina e Sandy, por exemplo. Isto porque Harvey não viajou tanto e enfraqueceu rapidamente quando atingiu o solo.
Sabe-se que os picos de tempestade dos ciclones tropicais foram reforçadas pelas mudanças climáticas. Isto acontece porque o nível das águas do mar subiu, tornando mais provável os picos de tempestade inundarem maiores regiões costeiras não protegidas.
Os diques e paredões podem aliviar alguns destes impactos, embora essas barreiras tenham que ser maiores (e, portanto, mais caras) no futuro para suster a subida do nível da água dos mares.
O maior impacto do Harvey será sentido através da sua precipitação intensa e prolongada. Um sistema de baixas pressões no norte está a manter o Harvey sobre o sul do Texas, daí as grandes precipitações, que, aliás, deverão piorar.
Sabe-se que as alterações climáticas são responsáveis pelo aumento das precipitações extremas. À medida que a temperatura da atmosfera sobe, a atmosfera pode conter mais humidade (cerca de 7% mais por cada aumento de temperatura de 1º C). Isto significa que, quando houver circunstâncias ideais para a ocorrência de chuvas muito extremas, as mudanças climáticas provavelmente tornarão esses eventos ainda piores do que teriam sido de outra forma.
Há outros fatores que tornam esta tempestade pior do que as anteriores em termos de impactos. Houston é a segunda cidade que mais depressa cresceu nos EUA e a quarta com maior população. Ao aumento da população nesta região correspondeu o aumento de zonas impermeabilizadas. Por isso, quando há chuvas extremas, a água leva mais tempo a drenar, prolongando e intensificando as cheias.»
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