Foto: Kevin Horan/Pictura Gallery
- «De repente instalou-se a preocupação em muitíssimas almas, que antes se encarniçavam diariamente contra o Estado: não se pode cortar na despesa pública, sobretudo nas verbas para as forças militares e para a segurança em geral! A culpa é do Governo que preferiu aumentar salários e pensões. Se mantivesse a rapaziada a pão e laranja, tudo correria sobre esferas e não teria acontecido nem a tragédia de Pedrógão Grande nem o roubo de material bélico de Tancos, tal a verba que estaria disponível para bombeiros e militares! Digamos que é preciso ter topete, falta de vergonha, descaramento. Depois de cinco anos (2011-15) em que o investimento público foi reduzido em 40%, em que houve cortes salariais nos funcionários públicos e nos pensionistas, em que foram fechados inúmeros serviços do Estado por todo o país (tribunais, lojas do cidadão, centros de saúde, etc, etc), em que se procedeu à diminuição brutal dos apoios públicos às famílias, em que houve uma ofensiva sem precedentes contra o Estado social, em que existiu sistematicamente um discurso culpabilizador de tudo o que fosse público como razão última para a crise, eis que todos os áugures ou arúspices, pitonisas e cassandras do país, que defenderam, apoiaram, estimularam, aplaudiram e acicataram estas opções e este discurso, dão uma volta de 180 graus e surgem a defender valentemente o Estado e as funções que desempenha, sobretudo de soberania e defesa. Insisto: é preciso topete, falta de vergonha, descaramento. (…)» Nicolau Santos in Ena! Tantos defensores do Estado que estavam escondidos! - Expresso Diário 7jul2017 – Via A estátua de sal.
- «(…) Só que a informação veiculada pela comunicação social, mais uma vez, é falsa. Foram os três secretários de estado, cansados da inoperância da justiça, que pediram para ser constituídos arguidos e provarem que não cometeram nenhum acto ilícito. (…) » Carlos Barbosa de Oliveira in Crónicas do Rochedo.
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