terça-feira, 11 de julho de 2017

Avareza 10

Imagem captada aqui.

«Além do alarme sobre a gestão da Fundação, houve dezenas de outros alarmes vermelhos lançados pelos revisores sobre o hospital fundado em 1924 no morro do Gianicolo, e deste então considerado uma estrutura do Vaticano extraterritorial. Uma situação que permite à Santa Sé não pagar impostos, não obstante as suas receitas derivarem quase exclusivamente do Serviço Nacional de Saúde e de algumas leis ad hoc que o gratificam com dezenas de milhões por ano. Sempre dinheiro público, naturalmente. Mas não é tudo: os revisores apontam o dedo a algumas atividades comerciais que seriam “não coerentes" com a missão original do hospital, descrevem os enormes recursos financeiros acumulados em algumas contas do Menino Jesus abertas no IOR e na APSA, sublinham a excessiva acumulação (centenas de milhares de euros) de consultas para projetos nunca realizados, acendendo mesmo as luzes sobre doações (além da Fundação, também o hospital recebe imensas 
doações: 3,6 milhões só em 2012) ocorridas em 2011, em 2012 e em 2013 de bancos estrangeiros, movimentações que depois foram enviadas para a AIF para controlo posterior.» 

Emiliano Fittipaldi, Avareza – Saída de Emergência 2016

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