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«Mas os escândalos na Alemanha parecem coisa pouca face ao que conseguiu fazer uma diocese eslovena. A basílica que preocupa Francisco e os seus homens de confiança, George Pell e Pietro Parolin acima de todos, é a de Maribor, pequena cidade do Norte da Eslovénia, famosa por albergar uma prova do slalom da Taça de Mundo de esqui.
A cidade tornou-se inesperadamente célebre no Vaticano graças a uma das mais graves quedas financeiras da História da Igreja: de facto, a arquidiocese, além de apascentar as almas de pouco mais de cem mil fiéis, lançou-se nos últimos anos em investimentos temerários. Terá sido a incompetência do bispo, terá sido a crise económica mundial juntamente com alguns golpes de azar, mas o facto é que a pequena igreja e as sociedades por ela controladas conseguiram acumular a maravilha de mais de 800 milhões de euros de dívidas. Um buraco monstruoso que atualmente ninguém é capaz de cobrir: o vermelho é equivalente a 2 por cento do produto interno bruto esloveno e, para fazer uma comparação, é três vezes superior às receitas registadas no último orçamento do Vaticano. Para evitar
o default, em 2014, o IOR movimentou para a diocese 40 milhões de euros, por vontade de Francisco em pessoa, mas é como tentar remendar a fenda do Titanic com um dedo.
Como foi possível que uma minúscula arquidiocese tenha acumulado em vinte anos dívidas dignas de uma grande multinacional? Em 2011 consultámos documentos reservados e falámos com fontes eslovenas autorizadas, que descreveram uma situação catastrófica. Vamos por ordem, partindo do fim, do momento em que em São Pedro se aperceberam da enormidade da chaga causada pelas aventuras financeiras do arcebispo Franc Kramberger. A descoberta ocorre quase por acaso, quando, no final de 2007, uma televisão controlada pela Igreja eslovena começa a transmitir programas pornográficos.»
Emiliano Fittipaldi, Avareza – Saída de Emergência 2016
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