quinta-feira, 29 de junho de 2017

Enquanto uns buscam bodes expiatórios, Ferrarias de São João e Aguda plantam árvores contra fogos

Garganta do Dades, Marrocos. Imagem capturada aqui.

Reunidos em Assembleia de Moradores, 50 habitantes e proprietários de terrenos de Ferrarias de São João deliberaram por unanimidade a criação de uma Zona de Proteção da Aldeia (ZPA), com 100 metros de largura à volta da aldeia, onde não haverá mais «árvores-gasolina». «Serão arrancados os eucaliptos e raízes dentro desta zona e plantadas árvores como sobreiros e outras folhosas de forma correta e ordenada», lê-se no documento subscrito pelos presentes na Assembleia de Moradores. Os habitantes irão fazer um cadastro simplificado de modo a calcular áreas e artigos a incluir e a gestão dos terrenos dentro da ZPA será conjunta, incluindo cortes, plantações e limpezas, «tentando desonerar assim os proprietários dessa responsabilidade e custos. Procuraremos, mesmo assim, encontrar se possível, medidas de compensação aos proprietários destes terrenos, pelos serviços de ecossistema prestados.» Foram assinadas 35 declarações de adesão ao projeto com base no compromisso de ter um plano de intervenção nos próximos três meses. 

Tal como em Ferrarias, também os moradores da Aguda assinaram um acordo para se livrarem dos eucaliptos num anel com 500 metros de largura, à volta da aldeia. Os proprietários cederam os terrenos à associação de moradores que, em contrapartida, se compromete a limpar o terreno das mal-afamadas “árvores-gasolina” e a sua substituição por 
nogueiras, carvalhos, castanheiros e outras folhosas, além de manterem as terras livres para uso comunitários.

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