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«Mas os montantes mais surpreendentes das receitas do governo dizem respeito aos cigarros, aos combustíveis e aos supermercados, ou seja, o mercado taxfree do Vaticano. Todas elas são atividades comerciais destinadas apenas aos possuidores de uma espécie de cartão, privilégio exclusivo — em teoria a — de residentes e empregados. Mas, fazendo algumas divisões, as contas não batem certo: de facto, a tabacaria ganha 10 milhões por ano; significa que os 3600 que têm direito fumariam como turcos. Em média, dois a três maços por dia, 365 dias por ano. Por sua vez, a estação de combustíveis encaixa 27 milhões: calculando um consumo médio, cada padre percorreria 45 mil quilómetros por ano, como um caixeiro viajante ou um representante de aspiradores. O supermercado (que vende também vinhos de marca e produtos hi-tech) emitiu recibos num valor superior a 21 milhões: não é por acaso que, segundo um estudo do California Wine Institute, em 2012, o Vaticano é o país com o mais alto consumo de vinho no mundo, com uma média monstruosa de setenta e quatro litros por pessoa.»
Emiliano Fittipaldi, Avareza – Saída de Emergência 2016
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