terça-feira, 27 de junho de 2017

Avareza 02

Imagem captada aqui.

«Numa carta de 8 de maio de 2011, expedida ao ex-secretário de Estado Tarcisio Bertone, Viganò atacou duramente Nicolini, estimado tanto por Camillo Ruini como pelo próprio Bertone, desenhando-o como verdadeiro chefe da máquina de abjeção do Vaticano. "O Dr. Maggioni (ex-presidente da sociedade publicitária SRI)”, explicava na carta que apareceu na primeira página de Il 
Fatto Quotidiano, "testemunhou-me que o autor das cartas em papel de seda provenientes do interior do Vaticano é o monsenhor Paolo Nicolini. O testemunho do Dr. Maggioni assume um valor determi-nante porquanto ele recebeu a referida informação do próprio diretor do Giornale, Alessandro Sallusti, com o qual Maggioni tem uma estreita amizade de longa data". Segundo Viganó, Nicolini, no passado também administrador da Universidade Pontifícia lateranense, é um homem cujos comportamentos "representam uma grave violação da justiça e da caridade, passíveis de perseguição, como delitos tanto no ordenamento canónico como civil". Durante o seu período no ateneu pontifício, escreve Viganò, "da sua responsabilidade foram encontradas contrafações de faturas e um desfalque de pelo menos 70 mil euros. É também o caso de uma participação de interesses do mesmo monsenhor na sociedade SRI Group, sociedade em falta em relação ao governo em pelo menos 2,2 milhões de euros e que, precedentemente, já tinha defraudado L'Osservatore Romano." Acusações pesadíssimas, que se somavam àquelas sobre a gestão do cofre do governo, ou seja, os Museus do Vaticano. “São numerosas as coisas a dizer que se relacionam com diversos aspetos da sua personalidade," continua o núncio, "vulgaridade de comportamentos e de linguagem, arrogância e prepotência em relação aos colaboradores que não mostram servilismo absoluto para com ele, preferências, promoções e contratações arbitrárias feitas para fins pessoais: são inúmeras as queixas por parte dos empregados dos museus, que consideram Nicolini uma pessoa preconceituosa e privada de sentido sacerdotal”.» 
Emiliano Fittipaldi, Avareza – Saída de Emergência 2016

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