quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Reflexão – O que é que Almaraz quer esconder?

Parque Nacional de Ranthambore, ìndia. Foto: Andy Rouse/Barcroft Images

Diretores da central nuclear de Almaraz impediram representantes da Ordem dos Engenheiros de visitar aquele equipamento
Durante a viagem para Espanha, o grupo de engenheiros foi surpreendido com a decisão do cancelamento que consideraram «uma afronta às mais elementares normas de relacionamento das comunidades técnicas» dos dois países. Tratava-se «de uma visita de natureza técnica, cujo propósito assentava na recolha de informações sobre a operação da central, bem como das perspetivas de prolongamento do seu ciclo de vida e sobre a intenção de construção de um depósito de resíduos nucleares», esclareceu a Ordem. 
As empresas responsáveis pela central, - Iberdrola, Endesa e União Fenosa -, alegaram que o objetivo da visita teria sido alterado. JNegócios.

É insustentável a arrogância das responsáveis pela central nuclear de Almaraz. É incompreensível e sinistra toda esta opacidade. Que pretendem esconder? Para que querem esconder? A «coisa» deve andar mesmo muito mal. Será caso para exigir à Agência Internacional de Energia Atómica ou a uma congénere europeia uma inspeção imediata a esta central, antes que ocorra uma tragédia anunciada.  
Aliás, a Iberdrola e a Endesa recusaram ir ao Parlamento prestar esclarecimentos sobre esta central. Como resposta, que tal mandar a Iberdrola passear? Consta que quer investir uns largos milhões nas nossas barragens de Daivões, Gouvães e Alto Tâmega…

1 comentário:

OLima disse...

«(...) Chegamos a novos cúmulos. Se a ação desenvolvida até hoje pelo Conselho de Segurança Nuclear (CSN) espanhol se pautava pela irresponsabilidade crónica, pelo serviço às empresas energéticas e nucleares com total desrespeito pela segurança tanto das centrais como do país onde as mesmas estão (e nossa, vizinhos desse país), a partir de agora não é um exagero chamar terrorista a este órgão, para o qual os dois maiores partidos espanhóis nomeiam presidentes e conselheiros. A proposta é demasiado grave: o CSN pretende que sejam dadas novas autorizações de exploração às centraisespanholas sem qualquer limite temporal, submetendo-se apenas a uma revisão gerala cada dez anos. (...) Estas cinco pessoas estão a dizer a toda a Península Ibérica que teremos centrais nucleares a operar até termos um grande acidente nuclear, o nosso Chernobyl ou Fukushima ibérico. (...)»
João Camargo in Terrorismo Nuclear em Espanha - Sábado 14fev2017.
http://www.sabado.pt/opiniao/convidados/joao_camargo/detalhe/terrorismo_nuclear_em_espanha.html