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Sobre a importância estratégica dos mares, afirmou José Soares dos Santos ao Expresso de 1ago2015:
«Nos últimos 100 a 150 anos dedicámo-nos à exploração dos recursos terrestres. Nos próximos 100 a 150 vamos dedicar-nos à dos fundos marítimos. As grandes nações estão a posicionar-se para comandar essa agenda. Com a nossa plataforma continental e zona económica exclusiva, temos o terceiro maior território da União Europeia e estamos no topo do mundo. Portugal tem aqui uma possibilidade única de ter um projeto geracional. É muito importante que os países tenham centros que garantam que a importância deste assunto se mantenha do ponto de vista político.»
Será que esta Fundação vai estar ancorada no conceito de «offshore», termo usado para falar de paraíso fiscal e de plataformas petrolíferas no mar?
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A Fundação Oceano Azul quer influenciar a agenda mundial dos oceanos para o século XXI. Conta, para tal, com 55 milhões durante os próximos 10 anos. A atividade da instituição vai assentar em três pilares: a educação ambiental, destinada, para já, ao público infantil entre o 1.º e o 4.º anos de escolaridade; a promoção da sustentabilidade dos oceanos, através de atividades de conservação de ecossistemas marinhos, em colaboração com parceiros nacionais e estrangeiros, e ainda o que os responsáveis da fundação designam "capacitação". Esta, explica Tiago Pitta e Cunha, "é uma das marcas distintivas da fundação, relativamente a outras que também fazem conservação dos oceanos". A ideia é "contribuir para o desenvolvimento do pensamento estratégico da conservação e da sustentabilidade dos oceanos e na economia do mar para este século, que tem ser a da preservação do capital natural."
A Fundação Oceano Azul quer influenciar a agenda internacional para as questões do mar, através "da participação em conferências das Nações Unidas" mas também "junto da Comissão Europeia e de outras instâncias internacionais". Este pilar da capacitação passará também por um programa dedicado aos oceanos e à sua relação com o clima. "Vamos querer inventar uma nova figura chamada "clima azul", e com isso vamos ter de encontrar maneiras de investir, provavelmente através da atribuição de um prémio, em projetos que consigam mostrar às pessoas que a ligação entre o oceano e o clima é profundamente umbilical", explica Tiago Pitta e Cunha.
Em parceria com a WWF Portugal, a Fundação fez o levantamento das áreas marinhas protegidas em Portugal, e, em colaboração com a Waitt Foundation, fez uma expedição científica aos Açores, durante dez dias, em setembro, para fazer o levantamento dos valores naturais marinhos na zona do Grupo Oriental do arquipélago. DN.
http://www.dn.pt/sociedade/interior/fundacao-oceano-azul-tem-55-milhoes-para-o-mar-ate-2027-5730227.html
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