quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Torres novas: Fabrióleo enviou trabalhadores à assembleia municipal para condicionar decisão

Foto de Pedro Silva 23out2016.
  • «A sessão de segunda-feira, 19 de dezembro da assembleia municipal de Torres Novas, tinha, como um dos pontos da ordem de trabalhos, o pedido de reapreciação do estatuto de interesse público da Fabrióleo, já anteriormente chumbado pela câmara. Até agora, tinha-se verificado que em todas as mais recentes sessões marcavam presença algumas pessoas que os moradores de Carreiro da Areia identificavam como ligados à empresa. Na reunião da última assembleia municipal, a Fabrióleo mobilizou os seus trabalhadores e alguns familiares e encenou uma manobra de utilização dessas pessoas de modo a tentar condicionar a decisão da assembleia municipal, estratégia que se situa, no entanto, nos limites da legalidade. Um elemento aparentemente ligado à Fabrióleo, e que tem marcado presença, sempre calado, em todas as recentes assembleias, inscreveu-se por email para intervir e foi o primeiro a fazê-lo. Quando se dirigia para falar, com um colete da Fabrióleo vestido, os trabalhadores presentes retiraram dos bolsos coletes iguais e vestiram-nos também. Depois da sua intervenção virou-se para os trabalhadores e disse: "Apelo aos meus colegas para não perturbarem a sessão e podem sair". Todos se levantaram, bateram palmas e gritaram "deixem-nos trabalhar" e saíram, tendo ficado apenas o tal "representante", que perturbou a sessão, nomeadamente quando António Gomes, do BE, falava. Curiosamente, só António Gomes e mais tarde o presidente da câmara lhe responderam directamente. Gomes disse que lamentava que os trabalhadores não tivessem ficado para ouvir o que os eleitos tinham para dizer, mas sobretudo lamentava que a administração da Fabrióleo não desse a cara perante a assembleia municipal e reafirmou a posição do BE. Também intervieram na sessão duas moradoras - do Carreiro da Areia e do Bairro Nicho, que não se intimidaram e reafirmaram as suas posições de luta em defesa da legalidade e da saúde pública. O pedido de reapreciação do estatuto de interesse público da empresa, esse foi chumbado mais uma vez pela assembleia municipal.» Jornal Torrejano.
  • A Comissão Europeia foi considerada culpada de negligência e má administração por não ter agido com rapidez suficiente tendo em conta as provas da existência de dispositivos que manipulavam os testes de emissões de gases da Volkswagen, diz o relatório preliminar do Joint Research Centre. Antonio Tajani, antigo porta-voz de Silvio Berlusconi e comissário da indústria da EU, será o eurodeputado mais responsável pela situação. The Guardian.

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