Os perigos da grande filantropia,
por Chuck Collins in Other Words.
Os grandes filantropos milionários usam as deduções fiscais que vêm com mega-presentes para reduzir drasticamente, e às vezes eliminar, as suas obrigações fiscais. Fazem-no aconselhados por advogados fiscais e contabilistas cujo trabalho é maximizar a riqueza dos seus clientes e minimizar os seus impostos.
Todos os contribuintes acabam por participar indiretamente nestas operações alegadamente solidárias. Por cada dólar doado para caridade por um ricaço, o cidadão médio entra com 40 ou 50 cêntimos. Enquanto os impostos dos ricaços descem, os nossos sobem para cobrir a diferença que falta para pagar serviços públicos como infraestruturas, investigação e defesa.
O problema é que esta moda veio para ficar e continuar. Cada vez mais, as doações solidárias nos EUA são dominadas por mega-doadores milionários e pelas suas fundações e fundos. Curiosamente, o número de grandes filantropos não tem parado de crescer nos EUA, enquanto os pequenos filantropos vêem o seu número reduzir-se.
Esta tendência de reforço do poder da grande filantropia, atrás de poderosas fundações, representa um enorme perigo para a democracia. Essas fundações privadas podem transformar-se em blocos de poder concentrado e incontrolado, com influência considerável na formatação das nossas leis e cultura. Elas podem tornar-se extensões do poder, privilégio e influência de um punhado de famílias ricas.
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