sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Bico calado

Foto de Rob Wallace/WCS

  • «Na TVI, José Miguel Júdice comenta assuntos da semana, cada terça-feira – na rubrica “Porquê?”. Mas não comentou o tema central – o caso das “Máfias do Sangue” em que está envolvida a farmacêutica Octapharma e também o escritório de advogados do próprio José Miguel Júdice. Esqueceu-se? Porquê? E o entrevistador, José Alberto Carvalho, estava distraído? Porquê?» Paulo Morais.
  • «O que acontece é que há em todos os atentados recentes, Bataclam, Nice, Berlim, sempre um traço comum: os terroristas são sempre extremamente cuidadosos e nunca se esquecem de levar o cartão de cidadão e mesmo quando conseguem escapar, como é o caso agora, deixam sempre o dito cujo no local do crime!! É por estas e por outras que eu acho que estas histórias estão sempre muito mal contadas, desculpem lá. Há alguém que quer fazer dos terroristas estúpidos ou, pior ainda, que quer fazer de nós todos estúpidos encartados. Não sei porquê mas fico sempre com a suspeita vaga de que estes atentados, se calhar, não são cometidos por aqueles que supostamente os reivindicam e que supostamente os cometem.» Estátua de Sal in Suponhamos que sou terrorista. Por isso é que já há gente a explorar pormenores contraditórios e ambíguos nos atentados de Ankara e de Berlim.
  • «A palavra do ano dizem que é “pós-verdade”, referindo-se às declarações públicas de políticos que são consabidamente falsas mas que, ainda assim, são repetidas não implicando perda de popularidade junto dos eleitorados, antes pelo contrário. Mas eu acho que o termo não é muito correto. Devia antes dizer-se que vivemos num mundo de pró-mentira. A mentira é da indústria, dos políticos, dos bancos, dos jornalistas. Está institucionalizada, e dá lucros chorudos, e não há penalizações, como se vê por esta notícia. Mais uma aldrabice da indústria automóvel que só pode mentir com a conivência dos governos. Onde andam os reguladores e as instituições públicas de controle do sector?» Estátua de sal in Não é pós-verdade é pró-mentira.

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