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Lembram-se de a Organização Mundial de Saúde ter concluído que o glifosato era potencialmente cancerígeno para os humanos? Também se lembram da recente conclusão da mesma OMS de que o glifosato não era potencialmente cancerígeno para os humanos? Pois bem, descobriu-se que no painel que garantiu que o glifosato não era potencialmente cancerígeno havia conflitos de interesses. O JMPR, o instituto co-dirigido pelo presidente da reunião conjunta da ONU sobre resíduos de pesticidas, recebeu milhões da Monsanto, que, como há muito se sabe, utiliza o glifosato como substância ativa do seu popular herbicida Roundup.
«O professor Alan Boobis, que presidiu à reunião conjunta FAO/OMS da ONU sobre o glifosato, também é vice-presidente do Instituto Internacional de Ciências da Vida (ILSI) Europa. O co-presidente destas sessões foi o professor Angelo Moretto, membro do conselho de administração do Health and Environmental Services Institute da ILSI, e do grupo Risk21, juntamente com Boobis. Em 2012, o grupo ILSI recebeu 500 mil dólares da Monsanto e 528 mil do grupo Croplife International, que representa, entre outras, a Monsanto, a Dow, e a Syngenta.» The Guardian.
Parece que a ONU está mesmo a precisar de uma boa barrela.
Sobre esta temática, convém (reler) o que o Ambiente Ondas 3 escreveu segunda-feira, 16 de maio.
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