Barragem de Ermida/Ribeiradio em Couto de Baixo. 31jan2016.
- «Como é que estes senhores querem que as comunidades locais acreditem no Plano de Emergência Interno (PEI) se estes mesmos senhores falharam rotundamente no Estudo de Impacte Ambiental (EIA), no Plano de Ordenamento das Margens das Albufeiras e em todo o processo de construção e gestão do empreendimento? O EIA é o documento que define todas as ações que a GreenVouga tinha que executar devido à construção das 2 barragens no concelho de Sever do Vouga. Grande parte das pessoas pensava que essas ações eram contrapartidas da barragem, mas na realidade são obrigações da GreenVouga. Por exemplo a ação "construção de uma praia fluvial’’ é uma obrigação (que devia ter sido executada antes de se destruir a praia existente) pois essa praia já existia e a construção de uma nova praia fluvial não é mais do que a reposição do que já existia. Outro exemplo é a reposição das acessibilidades que ficaram submersas e que também deviam ter sido repostas antes da sua inundação, pois ninguém tem o direito de cortar a ligação entre as várias comunidades nem cortar os acessos aos terrenos privados. Outra obrigação da GreenVouga era a desmatação das margens das albufeiras, que ainda hoje, em alguns locais, nada dignifica o asseio e dignidade do património natural do Vale do Vouga. A realidade é que a GreenVouga, através da EDP, tem vindo ao longo dos últimos anos a desrespeitar as comunidades do vale do Vouga. Durante a fase de construção convidou os habitantes locais para visitas às obras do empreendimento, onde aproveitou para lhes dizer que o nível da albufeira de montante não baixaria mais do que 2 a 3 metros (tem estado quase sempre abaixo da cota 100). Quanto ao Plano de Ordenamento das Margens das Albufeiras, a EDP andou durante estes anos a fazer ‘’bandeira’’ de que o iriam fazer, sabendo todos nós que esta não é sua competência! As comunidades do Vale do Vouga, que tanto contribuíram para a construção deste empreendimento, apenas para a EDP produzir energia, já não acreditam mais nestes senhores. E a prova disso são as sessões de apresentação do PEI, que tal como dizem os senhores da EDP, têm tido apenas ‘’meia dúzia de gatos pingados’’, pois, e tal como também dizem os senhores da EDP, ‘’estão a ser feitas apenas por uma obrigação legal’’. Sérgio Soares. Mais pormenores sobre esta situação.
Imagem captada aqui.
- Um grupo de manifestantes invadiu a sala, na Gulbenkian, onde decorria uma conferência promovida pela Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC) sobre o mercado de biocombustíveis, num protesto contra a exploração de petróleo e gás em Portugal. Os manifestantes entraram de surpresa na sala e colocaram-se à frente dos oradores, empunhando um cartaz onde se lia «Nem combustíveis, nem biocombustíveis: contra a indústria energética». Durante a ação de protesto foram atirados dezenas de panfletos com mensagens contra a indústria dos combustíveis. A conferência da ENMC contava com oradores da própria entidade supervisora, da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (APETRO), da Associação Portuguesa de Produtores de Biocombustíveis (APPB), da Biooeste, da BP, da Galp, da Prio e da Torrejana. Refira-se que a ENMC autorizou as explorações de petróleo e gás em Portugal e a Partex é uma petrolífera detida a 100% pela Fundação Gulbenkian que partilha duas concessões 'offshore' no total de oito concessões no Alentejo e Algarve. Entretanto, no próximo sábado e domingo, 19 e 20 de março, estão a ser preparadas ações de esclarecimento e protesto em Aljezur, Vila do Bispo e Faro contra a exploração de gás e petróleo no Alentejo e Algarve.
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