segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Petrolífera faz o que quer na Amazónia peruana

Imagem colhida aqui.

A reserva natural de Pacaya Samiria, na Amazónia peruana, sofre décadas de contaminação derivada da exploração de petróleo por parte da Petroperu, da Pluspetrol e, atualmente, da China National Petroleum Corporation. Situada na confluência dos rios Maranon e Ucayali, é a zona mais importante para a reprodução de peixes da Amazónia. 
Após inúmeras queixas, inspeções, análises e relatórios a confirmar sempre a mesma coisa – os elevados índices de contaminação com metais pesados como chumbo, arsénico, zinco, mercúrio, cádmio, bário e outros, todos contribuindo para a contaminação da água que provocou muitos problemas graves de saúde – a Pluspetrol foi multada em cerca de 6 milhões de libras, tendo subscrito um programa de limpeza e descontaminação da zona. 
A petrolífera não só recusou pagar a multa e proceder à descontaminação como ainda interpôs uma ação legal contra a OEFA e contra o juiz que tomara deliberações contra ela. Entretanto, a Pluspetrol é acusada de tentar encobrir a contaminação de que é responsável. Fê-lo plantando typhas (vulgo taboas) cujo rizoma, embora filtre certos contaminantes, na circunstância apenas cobriu os sucessivos derrames de crude com um manto verde que iludiu, durante algum tempo, as inspeções aéreas feitas ao local. The Guardian.

Sem comentários: