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- «Como foi possível vender um terreno que há poucos anos valia 2 milhões de euros, por menos de metade desse valor? E como foi possível que alguém, sem aprovação de um projeto pela câmara municipal, possa dar pelo terreno perto de 900 mil euros? (…) A venda foi precipitada (…) poderá acontecer que dentro de alguns anos, não haja nem dinheiro, nem terreno, nem obra que se veja.» Fernando Meneses in Cá na minha opinião – Maré Viva 6jan2016.
- «(…) A ideia utópica é que o que se passa “em rede” é uma espécie de diálogo universal em que todos falam com todos, com base num estatuto de igualdade virtual, em que o que dizem tem potencialmente o mesmo valor, é uma utopia e, pior ainda, uma utopia que iguala a ignorância ao saber. É uma utopia boa para os poderosos, porque não se lhes aplica, mas que deixa para o “povo” um simulacro de participação, e interactividade, que é totalmente manipulável. Não é preciso saber, basta estar “conectado”. (…) A rede não é uma metáfora da democracia, e não é neutra face aos poderes e às hierarquias que se geram, seja por razões económicas, sejam nacionais, sejam sociais, ou sejam culturais. A rede, entendida assim, não tem direcção, nem sentido, não implica uma hierarquia e, nela, está-se ainda mais sozinho. Tendo-se todas as possibilidades virtuais, não se tem nenhuma real. Parece uma democracia e umempowerment, mas é um gueto para uma nova forma de pobreza. (…)». Pacheco Pereira in Sobre a crise dos jornais (2) – Público 9jan2016. Via Estátua de Sal.
- « As redes sociais não ensinam a dialogar porque é muito fácil evitar a controvérsia… Muita gente as usa não para unir, não para ampliar seus horizontes, mas ao contrário, para se fechar no que eu chamo de zonas de conforto, onde o único som que escutam é o eco de suas próprias vozes, onde o único que veem são os reflexos de suas próprias caras. As redes são muito úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha.» Zygmunt Bauman, El País.
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