sábado, 5 de dezembro de 2015

Bico calado

  • Portugal é um dos membros e parceiros da NATO com elevado risco de corrupção no sector da defesa, apresentando um dos piores níveis na área operacional, revela um estudo da Transparência Internacional. «Portugal está longe dos melhores padrões internacionais de transparência, supervisão e responsabilização no que toca ao setor da defesa. A posição alcançada neste índice é ilustrativa dos riscos de corrupção que persistem, em particular ao nível da contratação de equipamentos e serviços, da execução de contrapartidas, da gestão do património, entre outros», considera Luís Bernardo, investigador do projeto. «Os problemas na compra de equipamentos militares, nos últimos anos, mostram como a prevenção de riscos de corrupção e as garantias básicas de transparência institucional, para o Ministério da Defesa e para as Forças Armadas portuguesas, não têm sido prioritárias. Isso tem um efeito tóxico na confiança pública, nas relações com os parceiros estratégicos e na imagem de Portugal», refere ainda Luís Bernardo. DE.
  • «Não é que todos devam ser pobres, mas quem teve dificuldades olha de um modo geral de forma diferente para as dificuldades dos outros, e isso faz muita falta na vida política demasiado liofilizada dos dias de hoje. Estes homens e mulheres conheceram essas dificuldades por terem cor na pele, serem de uma etnia diferente, ou terem uma limitação nos seus sentidos, e por isso a vida lhes foi mais difícil, e trazem consigo uma coragem especial que está antes da sua vida públicaPacheco Pereira in Um monhé, uma preta, um cigano e uma cega, Sábado 4dez2015.
  • «A União Europeia nunca existiu. Foi uma fábula que enganou muitos ingénuos e apenas serviu para consolidar a Alemanha como novo império, e alimentar o capitalismo com outro fôlego. Nada digo de original. O terrorismo e os foragidos de todos os medos vieram demonstrar as enormes fragilidades da “União.” Em pouco tempo, a Europa transformou-se numa fortaleza hostil, com muros, arame farpado e militares armados até aos dentes. Destinados a impedir, de qualquer forma, a invasão dos desesperados. O mito da fraternidade e da solidariedade europeia tombou com o estrondo que se conhece. E a Alemanha cimentou um império (…)». Baptista Bastos in Vamos lá ver o que isto dá, JNegócios 4dez2015.
  • «Portugal continua a desbravar caminho na violação do segredo de justiça. Somos piores do que os indianos com as senhoras. Tivemos transcrições. Depois, divulgação de gravações. Agora, já temos o registo audiovisual de interrogatórios. Tragam pipocas! A violação do segredo de justiça está a um passo do 3D. Atingimos o "gangbang" da Justiça. Nem a Cicciolina nos seu velhos tempos. (…) Eu fico muito preocupado com quem acha que ver a justiça a fazer batota é menos grave que desmascarar batoteiros. É como se aceitássemos que o árbitro, de um jogo de futebol, pode marcar dois penáltis inexistentes porque a equipa roubada merecia perder. E, mais do que preocupado, fico curioso. Porque, se já percebi quase todo o esquema do Miguel Macedo, custa mais perceber como é que a CMTV tem imagens do Ministério Público a inquirir o Senhor Macedo e companhia. (…) Deduzo que foram jornalistas que se fizeram assistentes e tiveram acesso a gravações, apenas para consulta. Depois fizeram como fazem os ex-namorados, mal resolvidos, que - por dor de corno ou falta de medula - pegam nas fotos e filmes das ex, em tempos de confiança, e toca de pôr no Facebook. Uns foram motivados porque perderam a mama, outros porque não a querem perderJoão Quadros in Segredos de Justiça, JNegócios 4dez2015.



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