Imagem retirada daqui.
- Imaginem que eu era Ministra dos Transportes, Raquel Varela.
- Saiba como a economia de uma famosa offshore, a ilha de Jersey, está na inência da bancarrota, depois dos negócios sujos da finança terem secado a agropecuária e esgotado o turismo. O único jornal local é omisso sobre a crise e os locais não se envolvem na política e preferem enterrar a cabeça na areia. The Guardian.
- «O mais votado dos leitores foi Bernie Sanders, um dos candidatos democráticos à Presidência, Senador pelo Estado de Vermont. Bernie Sanders que defende um serviço de saúde universal e gratuito nos Estados Unidos – achando muito curta a reforma de Obama; que foi contra as guerras desde o Vietname ao Iraque, que denuncia as cumplicidades do poder norte-americano com os grupos terroristas, que defende uma reforma da comunicação social de modo a que deixe de ser um mero poder dos grandes grupos económicos, que apoia a energia limpa e se bate contra o aquecimento global, que alerta contra os perigos dos transgénicos, que contesta a política de golpes e de “quintal das traseiras” na América Latina, que tem o atrevimento de sugerir uma auditoria ao Banco Central (Reserva Federal, FED). Mas em que mundo julgam estar os leitores da “Time” que sugeriram maioritariamente este Bernie Sanders? Um mundo para as pessoas ou o mundo de “Personalidades” como a Srª Merkel ou o Sr. Al-Baghdadi?» José Goulão.
- «Sérgio Monteiro pertence ao mais perigoso tipo de políticos: os que não querem realmente ser políticos. No caso, os que pretendem ascender na carreira de gestores, não se preocupando com o julgamento político que deles seja feito. Preocupam-se mais com a opinião dos empresários, seus potenciais empregadores. Monteiro chegou ao Governo já com um défice às costas: o swap que impingiu, enquanto administrador da Caixa BI, ao malogrado projeto do TGV resultou num buraco público de mais de €150 milhões. O swap foi resgatado pelo mesmíssimo Sérgio Monteiro, como secretário de Estado. Depois de demissões da arraia miúda, Monteiro e Maria Luís Albuquerque sobreviveram, ganharam até peso político e não se falou mais disso. No Governo, Sérgio Monteiro tem várias privatizações no seu currículo. Deram mais nas vistas os CTT, a concessão dos transportes coletivos do Porto e a TAP. Este ano, os acionistas dos CTT receberão €70 milhões em dividendos. O Estado recebeu, nas duas fases da venda, €921 milhões por um monopólio natural que já vale €1311 milhões. Ou seja, se os dividendos ficarem por aqui, terão coberto, em apenas 13 anos, tudo o que o Estado recebeu na privatização. Vai tudo para a dívida e o Estado perdeu para sempre este rendimento seguro. É prejuízo futuro e é obra de Sérgio Monteiro. Depois do falhanço de um concurso para a subconcessão dos transportes públicos do Porto, Sérgio Monteiro alargou o âmbito da concessão e fez um ajuste direto em tempo recorde. Foi ele mesmo que anunciou, numa manhã, a entrega dos STCP à Alsa e do Metro do Porto à Transdev com base em propostas entregues ao fim da tarde do dia anterior. Foi tudo formalizado na véspera das eleições legislativas. Melhor do que a TAP, que foi vendida por um governo em gestão sem apoio parlamentar, a poucos dias de sair de um lugar que nunca chegou a ocupar plenamente. Um negócio que surpreendeu todos, já que o Estado deu garantias de recomprar a empresa se esta não conseguisse pagar as suas dívidas. Apesar deste negócio já não ter a assinatura de Sérgio Monteiro, a obra será sua. Para chegar ao fim da sua carreira de vendedor, o governador do Banco de Portugal agradeceu a Passos Coelho a sua própria renomeação, escolhendo Sérgio Monteiro para vender o Novo Banco. Com o simpático salário, em parte pago pelos contribuintes, de 30 mil euros mensais. O novo Governo já começou a tentar reverter os processos de privatizações da TAP e dos transportes públicos de Lisboa e do Porto. Mas cabe ao Parlamento ir mais longe: abrir uma comissão de inquérito e passar a pente de fino todas as privatizações do Governo anterior. E, tendo em conta as enormes responsabilidades de Sérgio Monteiro em vários processos mal explicados, aprofundar o conhecimento público do seu papel e do seu comportamento nos últimos quatro anos. Repito como comecei: os políticos que têm a carreira de gestor como horizonte são os mais perigosos. O que pensamos deles é-lhes indiferente. Sigamos então o que interessa: a carreira do homem que vendeu Portugal a retalho e deixou um rasto de dúvidas e de prejuízos para o Estado.» Como de costume, sigamos o dinheiro. Daniel Oliveira in O vendedor disto tudo – Expresso 12dez2015. Via FB.
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