segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Reflexão – porque está Jorge Moreira da Silva tão otimista com os resultados da cimeira de Lima?


O ministro do Ambiente Jorge Moreira da Silva congratulou-se com os resultados da Cimeira de Lima que permitiram avançar na superação de divergências e criar condições para se alcançar um acordo climático abrangente na Cimeira de Paris, em 2015.
«Em Lima a nossa tarefa era clara e foi cumprida: avançar na superação de divergências que duram há oito anos de modo a garantir que, ao contrário da Cimeira de Copenhaga, seremos capazes de, na Cimeira de Paris, no final de 2015, alcançar um acordo climático abrangente, inclusivo, ambicioso e economicamente eficiente», acrescentou.
Todos os países terão de apresentar, até 31 de março de 2015, as respetivas metas nacionais de mitigação das alterações climáticas, designadamente metas quantificadas e calendarizadas de redução das emissões de gases com efeito de estufa, formuladas de uma forma coerente, transparente e robusta.

O senhor ministro escreveu muito bem. O seu comunicado é tão redondinho, tão ambíguo, tão vago, que ficamos na mesma: vazios. O senhor ministro mostra-se otimista porque é mesmo esse o seu papel perante os media e os cidadãos/consumidores. Era o que faltava o senhor ministro manifestar dúvidas e preocupações acerca do que fez ou da exequibilidade do que diz pensar fazer. Até porque os países vão tomar medidas se quiserem, tudo foi deixado ao livre arbítrio de cada país. Era o que faltava o senhor ministro questionar o tempo e o dinheiro dos contribuintes investidos nesta sua viagem a Lima. Porreiro, pá. Somos os melhores do mundo. Só que, em termos de pegada ecológica, estamos em 107º lugar numa lista de 151 países...

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