O anúncio da privatização da EGF, sub-holding do Grupo Águas de Portugal responsável pelo tratamento e valorização energética dos resíduos sólidos urbanos produzidas por cerca de 60% da população de Portugal, preocupa as câmaras municipais. Por exemplo, o presidente da câmara de VN de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, também vice-presidente da ANMP, não tem dúvidas de que se trata de uma medida ideológica e que o encaixe financeiro será pouco relevante comparado com aquilo que se perderá. José Maria Costa, o seu homólogo de Viana, diz-se totalmente contra a privatização de um serviço que está a ser bem feito e um negócio que introduzirá aumentos significativos dos tarifários.
Miguel Costa Gomes, presidente da câmara de Barcelos, diz-se contra a privatização porque ela implicará um aumento de cerca de 50% nas tarifas, preocupação partilhada pelos homólogos de Ponte de Lima, Esposende, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca.
Embora alguns fabricantes de opinião queiram fazer passar a mensagem de que esta privatização poderá ser interessante para os municípios mais pequenos ou mais endividados, que podem conseguir liquidez com o negócio, o certo é que há muito executivo autarca contra a privatização deste bom serviço público e que pondera avançar com providências cautelares para a impedir.
Sem comentários:
Enviar um comentário