quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Porquê tanto mosquito?


Sete Cidades
  • “O jardim que integra a área do Madeira Tecnopolo e da Universidade da Madeira está votado ao abandono.  Nasceu em 1996 e foi batizado como Jardim da Biodiversidade, mas nunca cumpriu os ambiciosos objetivos enunciados no seu projeto. Das 518 espécies de plantas, que povoavam aquele espaço em Dezembro de 2005, mais de uma centena já desapareceu. E o genocídio por stress hídrico continua, enquanto a água das nascentes corre para a ribeira de São João.” Raimundo Quintal.
  • A grande quantidade de mosquitos registada em Armação de Pera e arredores deve-se a um estilo de vida, a um tipo de ordenamento de território que acelerou a eliminação dos seus tradicionais predadores, como os morcegos e alguns anfíbios. Contra os mosquitos, o autarca local não teve pejo em mandar uma avioneta pulverizar a zona com um produto químico, cujo nome omitiu. O de Silves, sugere incendiar o pasto para eliminar as larvas e os mosquitos. Entretanto, some e segue a aplicação massiva de químicos...
  • O Amaranto Inca Kiwicha invade plantações de soja transgênica da Monsanto nos Estados Unidos, resistindo ao herbicida Roundup. 

1 comentário:

OLima disse...

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) explicou hoje que, para além da rotura na conduta de água, três descargas de águas tratadas e de cultivo estiveram na origem da “praga de mosquitos” no concelho de Silves.

Em comunicado, a APA refere que, naquilo a que chama um “improvável acaso”, este ano ocorreram descargas simultâneas na Várzea de Alcantarilha “de água tratada das ETAR (Estações de Tratamento de Águas Residuais), águas provenientes das práticas comuns do cultivo do arroz e da manutenção da ETA (Estação de Tratamento de Águas, para abastecimento público) de Alcantarilha, gerida pela empresa Águas do Algarve”.

“A conjugação destas diferentes origens de água levou a um acréscimo concentrado de água na Várzea de Alcantarilha, do que resultou um aumento da área do plano de água desta Várzea com reduzida profundidade e em zonas onde existe abundância de vegetação, constituindo condições privilegiadas para a proliferação de mosquitos”, acrescentou a APA.

Assim, as autoridades têm “procurado reduzir significativamente ou, se possível, cessar a chegada do caudal à Várzea”.

Na terça-feira, a APA realçava esperar que, com o reforço da desinfestação que tem sido efetuado nos últimos dias pela Câmara Municipal de Silves, “os mosquitos desapareçam gradualmente nos próximos dias”.

No final de julho, a Câmara de Silves, reunida com autoridades de saúde e do ambiente, anunciou que ia intensificar e alargar a desinfestação de mosquitos em Armação de Pêra, uma situação que tem gerado queixas na zona.

O presidente da Câmara, Rogério Pinto, explicou que esse reforço de esforços tem estado a decorrer, tendo-se passado de uma para três aplicações de produtos contra os mosquitos.

Já antes, o autarca havia afirmado que todos os anos é articulada com a Administração Regional de Saúde do Algarve uma desinfestação em determinados locais, entre os quais Alcantarilha, mas este ano tem-se verificado “uma situação atípica".

“Esta praga surge na ribeira de Alcantarilha devido a vários fatores”, nomeadamente a grande pluviosidade da estação de inverno o facto de se encontrar “obstruída por um canavial”, não ser alvo de limpeza “há décadas” e, além disso, e “o mais grave, é que é alvo de descargas constantes de esgotos domésticos a céu aberto”, argumentou a Junta de Freguesia de Alcantarilha, em comunicado divulgado há duas semanas.
http://www.regiaosul.pt/noticia.php?refnoticia=138705