Refiro, a seguir, as ideias principais desse texto.
Agora que Mark descobriu o compêndio da ciência da escola secundária é tempo de prosseguir os estudos na universidade. Poderá, assim, descobrir o sistema endócrino e aprender que esse sistema pode ser perturbado por uma enorme variedade de moléculas e que essas moléculas fazem parte, com frequência, de um cocktail de químicos muito usados no sistema industrial moderno. Descobrirá que uma pilha de estudos científicos ligam o glifosato (o ingrediente ativo do Roundup da Monsanto) a distúrbios endócrinos e que estes podem ter consequências negativas como cancro e defeitos de nascença. No curso de fisiologia, Mark descobrirá que pequenas doses de coisas podem provocar enormes consequências. Por exemplo, o roundup é um produto comercial cujo ingrediente ativo é o glifosato mas contém outros químicos que lhe ampliam os efeitos, como é o caso de um surfatante que otimiza a aderência do roundup à planta que está a ser atacada e aí descobrirá que mesmo que o glifosato fosse inócuo para o ambiente o surfatante mata. Ao aprofundar os seus conhecimentos de biologia molecular, Mark descobrirá conceitos como epistasia, herança poligénica, promotores, elementos transponíveis, e uma série de outras complicações, por vezes enigmáticas que agora sabemos estar no centro do genoma de um organismo e chegará à conclusão de que muito provavelmente não é possível inserir uma peça de DNA num grande genoma. Mark acabará também por descobrir a evolução e concluirá que a evolução da resistência das culturas preparadas para receber o roundup é um processo muito longo e questionar-se-á por que razão mais de vinte plantas já desenvolveram resistência ao roundup. E quando chegar às estatísticas, Mark vai questionar o argumento da Monsanto de que precisamos de aumentar a produção para alimentar o mundo e vai descobrir que não há provas cabais disso, a não ser que se esteja a falar nos enormes aumentos de lucros da Monsanto.
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