quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Reflexão – a biomassa é assim tão amiga do ambiente?

A nova bioeconomia industrial que está a ser promovida como solução para a crise climática assume incorretamente que enormes quantidades de biomassa poderão ser produzidas de modo sustentável para serem queimadas e se converterem em eletricidade comercial e industrial ou processadas para substituir o petróleo nos transportes e noutros processos industriais. O aumento da procura de biomassa e das terras que a produzem tem contribuído para o aumento brutal dos preços dos alimentos, a fome, a deslocalização de comunidades, a destruição e perda de biodiversidade. A ideia de que a biomassa que substitui os combustíveis fósseis é amiga do ambiente é uma treta: a biomassa não é carbono neutro porque são precisas décadas e até mesmo séculos para que novas árvores reabsorvam o carbono lançado na atmosfera através da combustão da biomassa. Para além disso, se a procura de biomassa se intensificar, correr-se-á o risco de massificar as monoculturas de árvores que, está provado, armazenam apenas um quarto do carbono armazenado pelas florestas naturais. Os efeitos serão muito mais desastrosos se essas monoculturas forem de árvores transgénicas.
Sumário/Tradução minha a partir de artigo da Scoop.

2 comentários:

Pedro teixeira disse...

Permita-me discordar completamente deste artigo. Não se pode confundir biomassa com biomassa florestal. A biomassa agrícola, por exemplo, é um exemplo de biomassa com balanço neutro no ciclo do dioxido de carbono. Efectivamente, o dioxido de carbono resultante de queima de resíduos agrículas (podas por exemplo) é exactamente aquele que será necessário absorver pelas culturas no ano ou ciclo seguinte. Cumprimentos, Pedro Teixeira http://www.facebook.com/da.vide.7121

OLima disse...

Obrigado, Pedro, pela sua achega.