sábado, 1 de setembro de 2012

Reflexão: A hipocrisia do mercado livre: por que há dois pesos e duas medidas na atribuição de subsídios às renováveis e ao nuclear/combustíveis fósseis?

Reflexão: A hipocrisia do mercado livre: por que há dois pesos e duas medidas na atribuição de subsídios às renováveis e ao nuclear/combustíveis fósseis? por Stephen Lacey in Think Progress.
Argumentos a reter: 
(1) Se observarmos a história do desenvolvimento das energias nos EUA veremos que nunca houve um verdadeiro mercado livre. Todas as tecnologias que dominam o atual sistema energético foram apoiadas pelo governo para poderem ser comercializadas. Segundo um relatório da DBL iNvestors, 
http://www.dblinvestors.com/documents/What-Would-Jefferson-Do-Final-Version.pdf
as indústrias do carvão, do petróleo, do gás e do nuclear receberam, em conjunto, mais de 630 biliões de dólares em benefícios fiscais, concessões de terras, programas de investigação e investimentos diretos da parte do governo, ultrapassado em muito os 50 biliões concedidos às renováveis (eólica, solar, geotérmica, biocombustíveis); 
(2) Mesmo o recente boom verificado na produção de gás deve-se à tecnologia da fraturação hidráulica durante anos subsidiada pelo governo através de isenções e benefícios fiscais e concessões de terras;
(3) Ainda recentemente a Exelon apelou ao governo para deixar de fazer batota com os subsídios dados às renováveis, para acabar com os subsídos às eólicas e deixar o mercado funcionar. Porém, a mesma Exelon testemunhou perante o Congresso que, após ter pressionado o governo para conceder mais subsídios e benefícios fiscais ao nuclear, acabara por receber apoio não só para os seus projetos nucleares como para duas barragens; 
(4) Se não fossem os enormes apoios governamentais à indústria nuclear durante os últimos 50 anos, ela nunca teria sobrevivido.

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