quarta-feira, 18 de abril de 2012

Reflexão

Por que não adiro à campanha Papel por alimentos: (1) a minha autarquia local participa no programa de recolha de resíduos; (2) a LIPOR, uma empresa pública, intermunicipal, criada com impostos dos contribuintes, recolhe e recicla o papel; (3) pago taxa de resíduos; (4) se eu deixar de entregar o papel no papelão público e o entregar noutro lado, privo a LIPOR de matéria prima, contribuo para ela não atingir os objetivos que negociou com a autarquia e divulgou junto dos munícipes, provoco a redução de equipamentose de pessoal envolvido na recolha, reciclagem e tratamento do papel mas continuo a pagar a taxa de resíduos à autarquia; (5) independentemente da QUIMA, a principal patrocinadora do programa, ser pública ou privada, concorrente ou não da LIPOR,  o meu contrato, via autarquia local, é com a LIPOR, pelo que a QUIMA é livre de fazer as doações que entender, sem correr o risco da sua atitude ser mal interpretada, nomeadamente de ser interpretada de greenwashing.

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