segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Agenda

A Mekorot, companhia nacional da água israelita, assinou um acordo comercial com a EPAL, companhia portuguesa que abastece 2,5 milhões de consumidores na Grande Lisboa. O acordo pretende proteger o sistema português municipal de água contra “ameaças terroristas”, baseando-se na alegada “competência” da Mekorot neste domínio. O acordo é uma tentativa velada para que a Mekorot tire proveito dos seus muitos anos de experiência enquanto agente da ilegal e imoral ocupação israelita da Palestina. O acordo é uma plataforma de lançamento para a empresa poder vender os seus serviços no resto da Europa, financiando o aparelho militar israelita com milhões de dólares. Esse dinheiro será inevitavelmente usado para consolidar a apropriação criminosa dos aquíferos palestinianos.
Um relatório da Amnistia Internacional publicado em Outubro passado acusa Israel de negar aos palestinianos o acesso à água. “Piscinas, relvados bem regados e grandes quintas irrigadas nos colonatos israelitas estão em flagrante contraste com as aldeias palestinianas, cujos habitantes lutam para conseguir satisfazer as suas necessidades domésticas em água”, diz o relatório. O consumo diário de água per capita em Israel é quatro vezes maior do que os 70 litros por pessoa consumidos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, um número muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
Israel desvia mais de 80% da água do Aquífero da Montanha. Este aquífero é a única reserva de água potável para os palestinianos, ao passo que Israel retira água de outras fontes, incluindo o Rio Jordão. Entre 180.000 e 200.000 palestinianos das comunidades rurais da Cisjordânia não têm acesso à água corrente. Cerca de 90 a 95% do fornecimento da água potável de Gaza foram contaminados por águas de esgotos e água do mar e estão agora impróprios para consumo.
O Comité de Solidariedade com a Palestina escreveu uma carta à EPAL, protestando contra o acordo. A empresa defendeu o acordo, negando a sua responsabilidade pelo destino dos palestinianos. Juntando o insulto à ofensa, a EPAL despediu uma funcionária que tinha contestado o acordo, o que é uma tentativa de limitar a liberdade de expressão no seio da empresa.
No entanto, à luz das directrizes da União Europeia para a atribuição de contratos públicos (2004/18/EC), a empresa encontra-se numa situação delicada e o acordo pode cair se for exercida pressão pública. Este apelo destina-se precisamente a dar início a essa pressão e a barrar o acesso da Mekorot aos mercados europeus desde o primeiro momento.
Exija que a EPAL anule o seu acordo com a Mekorot AGORA!
Escreva uma carta à EPAL, à Ministra portuguesa do Ambiente (que tutela a EPAL) e aos meios de comunicação portugueses, denunciando este acordo vergonhoso e exigindo que a EPAL rompa com a Mekorot.
Carta Modelo.
Conselho de Administação da EPAL:
jose.zenha@epal.pt , jose.figueira@epal.pt , anita.ferreira@epal.pt , blopes@epal.pt , mario.maria@epal.pt , joaquim.sereno@epal.pt , luis.branco@epal.pt , conceicao.almeida@epal.pt , francisco.serranito@epal.pt , daniela.santos@epal.pt , carlos.saraiva@epal.pt , paulo.rodrigues@epal.pt , barnabe.pisco@epal.pt , maria.benoliel@epal.pt , nilopes@epal.pt , ldurao@epal.pt , mario.cruz@epal.pt , ana.pile@epal.pt , margarida.santos@epal.pt
gmaotdr@maotdr.gov.pt
Ministra do Ambiente: gmaotdr@maotdr.gov.pt
Via Pimenta Preta.

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