sábado, 3 de outubro de 2020

Espinho: abate de árvores continua a alimentar muita polémica

A pedido do PS, a Assembleia Municipal de Espinho reuniu sexta-feira, 2 de outubro, para fazer aprovar uma suspensão imediata de todos os abates de árvores no âmbito das atuais e futuras intervenções urbanísticas nas ruas 19, 20 e 33. Interrompida por duas vezes a pedido do PS, a reunião acabou por ser inconclusiva, sendo posteriormente suspensa. Aguarda-se o agendamento da continuação desta reunião decorrente da disponibilidade do executivo camarário e dos responsáveis técnicos dos projetos para prestarem as informações solicitadas.

Tudo isto depois de quezilenta troca de galhardetes entre vários vogais da Oposição e Vicente Pinho, vice-presidente da Câmara. AntónioRegedor (PMG) considerou a Câmara de Espinho opaca, e com défice democrático, não divulgando, não facilitando o acesso à informação desejada. Para VicentePinho (PSD), a pergunta colocada pelo PS era de má-fé e puro show-off político que não passava de mera discussão fictícia, pelo que não merecia resposta, uma vez que os esclarecimentos poderiam ter sido feitos na reunião anterior, realizada na 4ª feira, 30 de setembro, no período de perguntas ao presidente. Jorge Carvalho (CDU) afirmou que querer saber quantas árvores vão ser abatidas não é sinal de má-fé, que esconder informação não era democrático, era falta de respeito e xicoespertice. E confessou: «A câmara não me deixa aceder aos gabinetes para eu me informar, obriga-me a ficar no átrio à espera que uma funcionária suba para ver se me pode trazer o que peço. E mesmo conhecendo os projetos, quantas vezes já vimos eles serem dados por terminados e a gente vê que não estão como nos desenhos?»

Presente durante toda a reunião, a vereadora com competências nas Obras Municipais, Lurdes Ganicho, optou pelo silêncio.

Recorde-se que várias raízes de árvores cortadas na rua 19 foram depositadas no largo da Câmara no último fim-de-semana de setembro em protesto contra o abate massivo de árvores no âmbito do projeto de reabilitação daquela artéria. A Oposição alegou que o abate foi levado a cabo sem o conhecimento explícito de todo o executivo camarário e da população em geral, justificando assim a enorme polémica. Refira-se ainda que o projeto de reabilitação de parte da rua 19 foi espoletado pela implantação de um supermercado da Mercadona junto da primeira rotunda nascente da rua 19, à saída da A29 para Espinho.

1 comentário:

Maria Mesquita disse...

Com sua presumida licença, vou partilhar. Obrigada.