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sexta-feira, 14 de novembro de 2025

BICO CALADO

WSJ
  • Promotores descrevem rede de tráfico de influência no maior caso de corrupção da Ucrânia. Fonte.
  • O dermatologista Miguel Alpalhão faturou mais de 714 mil euros em três anos, auto-aprovando as suas próprias cirurgias 356 vezes e classificando indevidamente 47 como malignas para beneficiar de incentivos financeiros mais elevados. Fonte.
  • Fontes internas da Casa Branca sabiam antecipadamente do golpe de Estado na Venezuela em 2020. O homem a quem o governo atribui toda a culpa, Jordan Goudreau, forneceu provas ao The Grayzone de que: assinou um contrato de US$ 221 milhões com Juan Guaidó, da Venezuela, enquanto os EUA tramavam, em público e em privado, para designá-lo presidente legítimo do país; altos funcionários do governo Trump, incluindo Elliot Abrams, John Bolton, o principal funcionário da CIA na América Latina, e um importante conselheiro do NSC pareciam saber sobre o seu plano de invasão e podem ter estado envolvidos no seu planeamento; os associados de Trump formaram uma empresa obscura para obter lucros numa Venezuela pós-Maduro, depois de um associado de Guaidó os ter instado a «agir agora, conseguir empresas e receber o pagamento»; a CIA e uma empresa de propaganda ligada aos serviços secretos chamada The Rendon Group levaram a cabo sabotagens a infraestruturas críticas venezuelanas «durante cerca de uma década».; uma proposta entregue ao gabinete do vice-presidente Pence incluía planos para realizar operações de «bandeira falsa» na Venezuela, disseminar hepatite entre os militares do país e financiar os esquemas através da «expropriação» de «produtos farmacêuticos»; Roen Kraft, ligado aos serviços secretos recrutado para financiar aspetos da operação, disse ao FBI ter concluído que «se os venezuelanos virem algo, irão roubá-lo», acusando os amigos de Guaidó de embolsar US$ 200 mil em dinheiro de ajuda humanitária; os participantes na conspiração disseram ao FBI que consideravam a oposição venezuelana irremediavelmente corrupta depois de testemunharem os seus líderes a gastar somas avultadas «em prostitutas, garrafas de vinho de mil dólares e manicures para as suas namoradas». Fonte.
  • Os media corporativos fecham os olhos a movimentações discretas para desestabilizar governos progressistas da América Latina. Um caso importante é uma conspiração que criaria o caos, permitindo que um candidato neoliberal fosse declarado vencedor, com a conivência de Washington, nas eleições de 30 de novembro em Honduras. Em jogo estão mais quatro anos de governo progressista ou, caso contrário, o regresso ao neoliberalismo que prevaleceu após o golpe militar apoiado pelos EUA em 2009. A derrota eleitoral dos partidos progressistas no Equador e na Bolívia no início deste ano, e as chances incertas da candidata progressista Jeannette Jara nas eleições do Chile neste mês e no próximo, significam que Honduras é um teste crucial. As Honduras têm um histórico de eleições fraudulentas desde o derrube do governo de esquerda de Manuel Zelaya em 2009. A esquerda foi fraudulosamente privada do poder em 2013 e 2017, vencendo apenas em 2021 porque a maioria de Xiomara Castro era esmagadora. John Perry, O plano silencioso para acabar com o governo progressista nas Honduras – Dissident Voice.

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