BICO CALADO

• Lucro e genocídio: investimentos indianos em Israel. Hajira Puthige, Centre for Financial Accountability.

• O presidente da distrital de Santarém do Chega José Dotti, eleito deputado em maio, celebrou em agosto um contrato por ajuste direto com a União de Freguesias de Castanheira do Ribatejo e Cachoeiras, do concelho de Vila Franca de Xira. O ontrato para aquisição de uma máquina tem o valor de 35.200 euros foi adjudicado por ajuste direto à empresa Astel - Comércio de Equipamentos Industriais de que o deputado é sócio e gerente. Fonte.

• Os marroquinos protesta há seis dias consecutivos, incendiando alguns veículos, para exigir melhores cuidados de saúde, educação e oportunidades de emprego. Num incidente, a polícia atropelou e matou um manifestante. Ontem, a polícia abriu fogo contra os manifestantes e matou mais três pessoas. Alguns manifestantes denunciam os gastos do governo com os estádios da FIFA 2030, enquanto a infraestrutura para as pessoas é negligenciada. Fonte.

• Trump cumpriu a ameaça de usar a paralisação do governo dos EUA para atingir as prioridades dos democratas, incluindo programas em 16 estados administrados pelo partido da oposição. As medidas deixaram claro que Trump usará a paralisação para punir os seus adversários políticos e ampliar o seu controlo sobre o orçamento federal de US$ 7 trilhões, que, em teoria, é domínio do Congresso. A paralisação do governo, a 15.ª desde 1981, suspendeu a investigação científica, a supervisão financeira e os esforços de limpeza ambiental, incluindo US$ 8 biliões para projetos de energia verde em 16 estados administrados pelos democratas, incluindo Califórnia e Illinois. Fonte.

• A equipa ciclística israelita, Israel-Premier Tech, anunciou que se retirará de três corridas na Itália na próxima semana, alegando receios de protestos contra a sua participação após o ataque de Tel Aviv à frota de ajuda humanitária Sumud Aid Flotilla que se dirigia a Gaza. Fonte.

• “Esta flotilha é um exército do bem. Devíamos ser milhares de barcos, milhões de pessoas, só isso vai parar. Gaza é um teste. Em Gaza testa-se a precisão dos drones, com assassinatos focalizados e de massa, destruindo com intenção médicos, professores, jornalistas; em Gaza testa-se a vigilância em massa; em Gaza testa-se a deslocação de populações para controlar os recursos da região e, sobre os escombros, fazer especulação imobiliária; Gaza é um genocídio em directo porque os donos do mundo, uns poucos milhares, querem que fiquemos aterrorizados com as amputações de crianças e paralisados; Gaza é o cemitério do pacto social entre capital e trabalho depois da crise de 2008, os capitalistas estão dispostos a tudo para lutar entre si por espaços e recursos, e mobilizaram a pequena burguesia raivosa em colapso como bandos fascistas; Gaza é o aviso das classes dominantes, que dizem ao mundo, através das TVs, que governarão com democracia liberal se aceitarmos tudo, se não, será com guerra civil, terror. Gaza é a luta de cada um de nós hoje contra o assédio no trabalho, o direito a ter uma casa contra a especulação, a luta contra os salários miseráveis, a defesa dos direitos de greve. Gaza é liderada por um fascista porque Gaza é apenas e unicamente a força, a violência, a brutalidade, a desumanidade. Ela também é a recordação que o fascismo não é um raio em céu azul, não são apenas bandos de criminosas a espalhar a violência, são-no mas porque têm apoio dos Estados. A complacência dos partidos social democratas, de centro e de direita, espalhada na aliança António Costa-Von Der Leyan, ou seja, as políticas capitalistas e bonapartistas como ante câmera do fascismo, são o centro da barbárie. A crise de 2008 abriu duas possibilidades – ou socialismo ou fascismo. Não há meio termo. Ou lutamos pelo bem comum e aprendemos a viver em liberdade partilhando, ou o fascismo propõe-se à guerra. Gaza é o lado óbvio da política de guerra da UE e da NATO, da economia de guerra. Por isso aquela flotilha, as greves gerais em Itália, as manifestações são essenciais. A cada um de nós vai ser perguntado daqui a uns anos onde estava quando tudo isto estava a acontecer.” Raquel Varela, Gaza é um Teste – vamos aceitar ir para a guerra ou lutar contra a guerra?

• “(…) quem classifica de circo ou invoca os custos da deportação de Mariana Mortágua, Sofia Aparício, Miguel Duarte e Diogo Chaves, só pode ser um cobarde que nunca se disporia a dar a vida, se necessário, por uma causa justa. E, ao contrário do que chegam a dizer, não é conivente com o Hamas quem está, neste momento, preso num cárcere sionista. Ao invés, esses comentadores são decerto cúmplices do massacre em curso contra o povo palestiniano. (…)” Jorge Rocha, A cobardia dos comentadeiros – Ventos Semeados.

• Montenegro desmente Montenegro: Governo cedeu base das Lajes para abastecimento militar a Israel. Fonte.

• 3 caças furtivos F-35 vendidos pelos EUA a Israel escalaram em 23 de abril a Base das Lajes, Terceira-Açores, tendo levantado voo no dia seguinte, acompanhados por dois reabastecedores norte-americanos KC-135. Outros três F-35 terão também passado pela ilha. Fonte.

• O jornalista Mario Guevara será deportado dos EUA para o seu país natal, El Salvador. Fonte. É o regime de Trump a mostrar o que é a ‘liberdade’ e a ‘democracia’.