PORQUE A PLANTAÇÃO DE EUCALIPTOS É UM GRAVÍSSIMO PROBLEMA ECONÓMICO NACIONAL.
por António Campos.
Quem comanda o preço da pasta de eucaliptos é a América Latina.
Na América Latina com o seu clima tropical, com chuvas abundantes,o eucalipto é cortado aos 5 ou 6 anos produzindo o mesmo volume lenhoso que em Portugal produz em 10 ou12 anos.
O Brasil é um grande exportador da pasta de eucaliptos principalmente para os Estados Unidos e para a China,grandes produtores de papel e embalagens de papel.
Trump aplicou as tarifas de 50 por cento ás exportações do Brasil,mas isentou dessas tarifas a pasta de eucaliptos.
Por exemplo a empresa Suzano no Brasil exporta mais pasta de eucaliptos do que produzem toda a indústria de celulose nacional.
Portugal não tem nenhuma vantagem competitiva e será cada vez mais uma floresta de baixíssimo valor acrescentado económico.
Na América Latina a grande maioria dos incêndios são apagados pelas abundantes e frequentes chuvadas.
Em Portugal o eucalipto é o maior incendiário nacional .
Uma besta ou descuido humano incendeia, as folhas e casca dos eucaliptos incendeiam transportadas pelo vento a 2 a 3 kms de distância.
Há 1 milhão de hectares de eucaliptos plantados no País,em enormes manchas continuas,uma grande parte e crescente com as alterações climáticas,vai ser reduzida a cinzas ,muito antes dos 10 ou 12 anos quando podem ser abatidos para a sua trituração.
Sempre que ardem,ou são abatidos,voltam sempre a rebentar e são uma espécie invasora e ultrapassados os 30 anos da sua plantação ,os que não forem reduzidos a cinzas ,deixam de ter valor económico.
Este ano mandei surribar a 2 metros de profundidade 1 hectare de eucaliptos que nunca plantei,invadido pelos eucaliptos dos vizinhos que me custou 8.000 euros.
Quem vai pagar no futuro o arranque dos eucaliptos?
Que enorme legado deixamos para as futuras gerações.
Centenas e centenas de reuniões durante a minha vida política foram feitas a explicar o baixíssimo valor económico do eucalipto e as intervenções na Assembleia da República que fiz contra o ministro da Agricultura, Álvaro Barreto o grande promotor da eucaliptização nacional.
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