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sexta-feira, 6 de junho de 2025

BICO CALADO

Ferreira de Castro, por Eduardo Gageiro
  • "Em 2015, contou-me (em entrevista ainda inédita): 'Em 1956, a minha carreira estava a começar no Diário Ilustrado, mas parecia um beco sem saída. Como era miúdo, não me davam trabalho de rua — ficava no laboratório a revelar imagens dos outros. Um dia, o suplemento literário do jornal marcou uma entrevista com o escritor Ferreira de Castro. Os restantes fotógrafos não estavam, só sobrava eu. Fui. Em vez de fazer a imagem formal do entrevistado muito direito, de braços sobre o colo, experimentei todas as posições e expressões de rosto de que me lembrei. Ferreira de Castro colaborou, divertido. Quando cheguei com as fotos, o chefe da redacção (Miguel Urbano Rodrigues) disse-me que, a partir daquela edição, faria eu a fotografia do suplemento literário.' Começou aí a carreira do Eduardo Gageiro." Gonçalo Pereira Rosa.
  • “Não faltam problemas em Lisboa. Moedas, que não os resolve, continua a usar o orçamento municipal para contratar grupos de comunicação social (com ajustes diretos) para ter espaços de propaganda. As conferências, apresentadas como sendo iniciativa dos órgãos de comunicação social, são na verdade encomendas pagas.” João Ferreira.
  • Milhares de pessoas formaram uma "Linha Vermelha para a Palestina" em torno do Parlamento do Reino Unido, em Westminster, na quarta-feira (5 junho), para exigir um embargo de armas e sanções a Israel pela sua violência genocida contra os palestinianos na Faixa de Gaza. Fonte.
  • O New York Times acaba de publicar um dos títulos mais estúpidos que alguma vez vi: 'Entregas de ajuda mortal em Gaza', diz o título. Se fizer parte da maioria das pessoas que apenas passam os olhos pelo título, sem ler o resto do artigo, não faz ideia de que Israel passou os últimos dias a massacrar civis esfomeados em locais de ajuda e a mentir sobre isso. Também não faria ideia de que é Israel que os tem estado a matar à fome. O título está escrito de uma forma tão passiva e amorfa que parece que as próprias entregas de ajuda são mortais. Como se os sacos de farinha estivessem a pegar em espingardas de assalto e a disparar sobre palestinianos desesperados que fazem fila para comer ou algo do género.” Caitlin Johnstone, Substack.
  • Porque é que o Reino Unido abriga a embaixadora de Israel que incita ao genocídio? Já é mais do que tempo de Tzipi Hotovely ser expulsa de Londres. A inação de Starmer prova que não tem qualquer intenção de pôr termo ao seu apoio aos crimes de Israel em Gaza. Jonathan Cook, Substack. Substack.
  • Várias organizações da sociedade civil pediram que as companhias israelitas fossem impedidas de participar no Salão Aéreo de Paris, que se realizará de 16 a 22 de junho, alegando o envolvimento de Israel em crimes internacionais generalizados em Gaza. Fonte.
  • O regime de Trump acusou a empresa de vigilância Palantir de aglomerar dados pessoais da população americana em agências governamentais, gerando alarme sobre uma ferramenta de espionagem centralizada que visa centenas de milhões de pessoas sem supervisão. Wall Street reagiu à notícia elevando o preço das ações da Palantir a patamares sem precedentes. Fonte.
  • Os EUA foram o único membro do Conselho de Segurança de 15 membros que não votou a favor da resolução da ONU que apela a um cessar-fogo em Gaza. Fonte.
  • O antigo porta-voz do Departamento de Estado de Biden, Matthew Miller, admite agora que Israel cometeu crimes de guerra, e fê-lo durante o seu tempo no poder. Fonte.
Foto: Mahmud Hams/ AFP
  • “Os seus nomes e as suas fotografias, um casal idoso abraçado, ela a sorrir, ele a envolvê-la num gesto protector, são publicadas na imprensa, a sua história de vida contada nas televisões. Entendo a dor e o alívio dos familiares que recuperaram ontem os corpos de Judi Weinstein-Haggai e Gad Haggai, assassinados por um comando ligado ao Hamas a 7 de Outubro de 2023. Nas últimas 24 horas horas o exército israelita assassinou três jornalistas em Gaza, ao todo já matou mais de 220 jornalistas entre os mais de 50.000 civis massacrados nos últimos 19 meses. Quais os nomes dos jornalistas, das crianças, das mães, dos idosos, mortos, dia após dia, em Gaza? Onde estão as suas fotografias, com os colegas, na escola, com os maridos, da licenciatura ou nos tempos livres, para poder sentir e partilhar a dor dos seus familiares, dessa gente, de todo um povo, que está, neste momento, a passar fome e a ser alvo de terror na Palestina? O anonimato é o principal instrumento para desumanizar as vítimas e deixar impunes os assassinos.Miguel Szymanski.

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