GRÂNDOLA REJEITA MINA DA LAGOA SALGADA

A canadiana Ascendant, através da bracarense Redcorp - Empreendimentos Mineiros, Lda, pretende explorar na mina da Lagoa Salgada depósitos polimetálicos para produzir concentrados ricos em metais base e preciosos. A concessão é de 11 anos e deverá começar em meados de 2027. Os vizinhos temem os impactos dos cerca de 2 mil milhões de toneladas de rejeitados anuais, nomeadamente a nível visual, de destruição de enorme área de montado e de contaminação derivada das lagoas de retenção de efluentes de mineração. Os recursos hídricos são também uma grande preocupação, dado que a região sofre crónicos períodos de seca e o único ponto de captação de água potável que abastece as populações das aldeias de Água Derramada e Cilha do Pascoal situa-se no centro da área de intervenção mineira. A entidade promotora do couto mineiro propõe a arborização, com sobreiros e com pinheiros mansos na Herdade da Nogueirinha, em Grândola, numa área com 73 hectares. Os sobreiros a introduzir serão geneticamente modificados com resistência à Phytopthora, com uma densidade de 500 árvores por hectare, e ainda 125 árvores por hectare para o pinheiro manso, que serão enxertadas para rápida produção de pinhão. Assim, depois do olival e do amendoal, as culturas super-intensivas parecem chegar ao montado e ao pinhal. Perante este cenário, a Câmara e a Assembleia Municipal de Grândola manifestaram a sua oposição ao projeto da mina da Lagoa Salgada. Fonte.