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segunda-feira, 14 de abril de 2025

LEITURAS MARGINAIS


"A Hispaniola serviu de posto avançado, utilizado pelos espanhóis como ponto de partida para incursões armadas e missões de reconhecimento, justificadas através do programa de “cristianização”; um ano após a primeira viagem de Colombo, o Papa Alexandre VI, na sua Bula Papal Inter Cetera Divina, concedeu à Espanha todo o mundo que ainda não era possuído por Estados cristãos, com exceção da região do Brasil, que passou para Portugal.

Enquanto os espanhóis preparavam o terreno para os seus planos de colonização, outras nações europeias começaram a enviar as suas próprias expedições.

Em 1497, Giovanni Caboto Motecataluna (John Cabot), financiado pela Inglaterra, atravessou o Atlântico e cartografou a costa atlântica da América do Norte. Sob a incumbência de Henrique VII de “conquistar, ocupar e possuir” as terras dos “pagãos e infiéis”, Cabot fez o reconhecimento da costa da Terra Nova - raptando três Micmacs no processo.

Mais ou menos na mesma altura, Gaspar Corte Real, financiado por Portugal, fez o reconhecimento das costas do Labrador e da Terra Nova, raptando 57 Beothuks para serem vendidos como escravos para compensar o custo da expedição.

Entretanto, Américo Vespúcio - que deu o nome às Américas - e Alonso de Ojedo, em missões separadas para Espanha, fizeram o reconhecimento das Índias Ocidentais e da costa do Pacífico da América do Sul. Ojedo estava a levar a cabo ataques de escravos quando foi morto por uma flecha envenenada de um guerreiro pelos seus esforços."

Gord Hill, 500 years of indigenous resistance - PM Press 2009, pp 13-14.

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