“A 19 de abril de 1943, o General J. L. De Witt emitiu a Proclamação Pública Nº 17 que, nos seus termos, autorizava os soldados nipo-americanos, servindo com as nossas forças, a regressar à Costa Oeste enquanto estivessem de licença ou em licença. Há todas as razões para crer que o general De Witt assinou esta proclamação não por sua própria iniciativa, mas de acordo com instruções do Departamento de Guerra. Pois a 13 de abril, testemunhando em São Francisco perante a Subcomissão de Assuntos Navais da Câmara, ele dera esta informação: “Está a desenvolver-se um sentimento por parte de certos indivíduos para fazer regressar os japoneses à costa. Estou a opor-me a isso com todos os meios ao meu alcance. ... Um japonês é um japonês. Eles são um elemento perigoso, sejam leais ou não. Não há forma de determinar a sua lealdade. ... Não faz diferença se ele é americano; teoricamente, continua a ser um japonês e não se pode mudá-lo. . . . Não se pode mudá-lo dando-lhe um pedaço de papel”.
Não estava preocupado, disse ele, com os cidadãos alemães ou italianos; “mas com os japoneses estaremos sempre preocupados até que sejam varridos da face da Terra”. Em resposta a esta declaração, feita voluntariamente pelo General e não em resposta a uma pergunta, dois membros californianos da comissão do Congresso deram vazão aos seus próprios sentimentos de ilegalidade dizendo: “Se mandarem japoneses para cá, vamos enterrá-los.” Um pouco mais tarde, começaram a circular rumores na Costa Oeste de que o General De Witt iria ser substituído pelo General Delos Emmons, comandante do Departamento do Havai.”
Carey McWilliams, Prejudice Japanese Americans: Symbol of Racial Intolerance – Little, Brown and Company 1944, p 251. Trad. OLima 2025.

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