“O General De Witt também afirma que os japoneses residentes estavam em perigo de violência popular e que agiu, em parte, para os proteger. No entanto, salienta que a maioria dos relatos de ataques contra eles, após investigação, ‘não foram verificados ou foram considerados cumulativos’. Quais são os factos? Com as nuvens de guerra a tornarem-se cada vez mais negras ao longo de 1941, a opinião pública na Costa Oeste manteve-se surpreendentemente simpática para com os japoneses residentes. (...)
'Apesar da natureza do ataque do Japão a Pearl Harbor', escreveu o Dr. Eric Bellquist, da Universidade da Califórnia, 'não houve uma reação imediata e generalizada de suspeita em relação a estrangeiros e japoneses de segunda geração'. O Dr. Bellquist observa que foi só depois de os ‘comentadores e colunistas, patriotas profissionais/caçadores de bruxas, alienígenas, e vários grupos e pessoas com objetivos pessoais’ terem começado a inflamar a opinião pública em janeiro de 1942, que a histeria começou a desenvolver-se. Foi então, segundo ele, que o ‘patriotismo padronizado à solta’ se tornou evidente e o ‘clamor por medidas restritivas anti-americanas tornou-se frequente’.
Carey McWilliams, Prejudice Japanese Americans: Symbol of Racial Intolerance – Little, Brown and Company 1944, p 112. Trad. OLima 2025.

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