Cá vem ele. É lutar, trabalhar ou morrer
"A 7 de dezembro de 1941, havia na Costa Oeste uma profunda fratura na estrutura social da região. Este fosso separava a pequena minoria japonesa do resto da população. Tal como as falhas sísmicas que correm ao longo da zona costeira, esta falha em particular era mais profunda nuns sítios do que noutros; estava adormecida há anos, mas, na linguagem dos sismólogos, ainda estava potencialmente ativa. (...)
Conhecendo a existência da falha, não só anteciparam um terramoto, como lançaram os alicerces, no medo e na fantasia, para capitalizar o choque quando este chegasse. Mantiveram em circulação as velhas mentiras; reavivaram, de tempos a tempos, os velhos ódios e os velhos medos. Em março de 1935, um congressista da Califórnia disse aos seus colegas que havia 25.000 japoneses armados na costa ocidental, prontos a entrar em ação em caso de guerra. O San Francisco Chronicle, na mesma altura, citava um funcionário do Estado dizendo que “os japoneses na Califórnia estão a treinar para a guerra”. Em maio de 1936, Bernarr Macfadden publicou uma carta aberta no Liberty dirigida ao Presidente, na qual aumentava o número de 'soldados' japoneses na Califórnia para 250.000. Ao longo destes anos, as histórias de 'medo' continuaram a aparecer".
Carey McWilliams, Prejudice Japanese Americans: Symbol of Racial Intolerance – Little, Brown and Company 1944, pp 106-107. Trad. OLima 2025.
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