- “O que se passa nas urgências em Portugal é um atentado à nossa vida. Não é aceitável estar-se 17 horas numa urgência, como não é aceitável ser-se selecionado por um telefonema. Mas é bom recordar que neste estado de coisas não há só vítimas, há milhares de médicos deprimidos e tristes com esta destruição do SNS, destroçados a verem o seu sentido do trabalho – salvar vidas, cuidar de pessoas – ser transformado numa mercadoria. Como há, uma minoria de médicos, que ganha dinheiro com isto no sector privado. A rigor qualquer greve de médicos pelo SNS deveria ser acompanhada pela mesma greve no sector privado, de outra forma os médicos são os próprios fura greves da sua greve. (…) Sim, todos os dias o juramento de Hipócrates é violado no privado quando os doentes são abandonados, sem direito à saúde. E sobre isto não há noticias, violando o código deontológico porque a verdade é que o SNS foi destruído para alimentar lucros privados que nem sequer conseguem garantir o atendimento de qualidade às pessoas. Sobre os milhares de queixas, tempos de espera (várias horas) no privado, não há notícias. Temos que saber distinguir, dentro do mundo do trabalho, os responsáveis (patrões, governos, gestores) dos cúmplices, e os trabalhadores cúmplices dos que resistem – tantas vezes por isso são perseguidos e ostracizados. Não estamos, não estão, todos no mesmo barco. Há muita gente, entre quem trabalha, que é um obstáculo às lutas pelos direitos porque se tornou parte do problema e não da solução. (…) Respeito por quem resiste, criticar abertamente e sem medo quem é cúmplice, ajudar-nos-á a compreender melhor as soluções. Raquel Varela, Os cúmplices.
- Uma em cada quatro casas construídas desde 2006 está vazia e a razão por detrás do fenómeno é a especulação imobiliária. A conclusão é da investigadora do Instituto de Ciências Sociais, Alda Botelho Azevedo, que defende que Portugal não precisa de mais casas, mas sim de reabilitar as que já existem. Fonte.
- O Reino Unido permite que um dos principais financiadores do Hamas tenha uma base militar no norte de Inglaterra. O governo britânico diz que apoia Israel e condena o terrorismo do Hamas contra este país. Mas o Hamas está a ser financiado pelo Qatar, com quem a Royal Air Force opera dois esquadrões conjuntos, permitindo que o regime do Golfo tenha uma base militar no norte de Inglaterra. Fonte.
- A fama de Israel torturar palestinianos já vem de longe, como mostram estes títulos do Washington Post e do Guardian, devidamente datados.
- Surgiram imagens de circuito fechado de televisão que mostram o exército de ocupação israelita a utilizar uma ambulância para se infiltrar no campo de refugiados de Balata, na Cisjordânia. Um jovem palestiniano e uma mulher idosa foram mortos em consequência dos disparos indiscriminados dos soldados. Fonte.
- “A oferta de despedida de Joe Biden de 8 mil milhões de dólares em vendas de armas ao Estado do apartheid de Israel reconhece a terrível realidade do genocídio em Gaza. Isto não é o fim. Nem sequer é o princípio do fim. Esta é uma guerra permanente e interminável, concebida não para destruir o Hamas ou libertar reféns israelitas, mas para erradicar, de uma vez por todas, os palestinianos em Gaza e na Cisjordânia. É o impulso final para a criação de um Grande Israel, que incluirá não só Gaza e a Cisjordânia, mas também pedaços do Líbano e da Síria. É o culminar do sonho sionista. E será pago com rios de sangue - palestiniano, libanês e sírio.” Chris Hedges, Genocídio: O novo normal – Sheerpost.
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