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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

LEITURAS À MARGEM

Os Orangemen católicos do Togo e outros conflitos que conheci (20)

“Eu tinha conseguido prever o resultado da primeira volta com alguma exatidão, depois de ter passado o último ano a viajar por todo o Gana e a falar com ganeses de todas as classes sociais, tanto nas cidades como nas aldeias. Também tinha formado uma opinião sobre o número de pessoas que tinham mudado o seu voto desde as eleições. Para mim, era muito claro que a alteração substancial da votação de Kufuor - que passou de 39,6% em 1996 para 48,4% em 2000 - se devia mais à nossa redução da fraude do que a uma alteração dos votos efetivamente expressos. Por outras palavras, calculo que o NDC tenha feito batota em 1996 em cerca de 7% dos votos líquidos (ou seja, fez mais batota do que isso, mas alguma foi anulada pela batota do outro lado). Estou satisfeito por termos reduzido a batota em 2000 para menos de 2% líquidos. Uma eleição justa é aquela em que a margem de vitória é superior à margem de batota - não se pode esperar mais do que isso.

Há fraude eleitoral em toda a parte. A chocante eleição de Bush em 2000, com uma infinidade de eleitores negros afastados das urnas e algumas máquinas de voto eletrónicas muito duvidosas, não foi exemplo disso. Eu próprio me deparei com mais fraudes eleitorais em Blackburn do que no Gana.”

Craig Murray, The Catholic Orangemen of Togo and Other Conflicts I Have Known (2008) –Atholl 2017, pp 235-236.

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