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terça-feira, 19 de novembro de 2024

BICO CALADO

  • “DONALD TRUMP apresentou-se aos eleitores como um suposto candidato anti-intervencionista da paz. Mas quando reentrar na Casa Branca em janeiro, ao seu lado estará uma falange de investidores, inventores e executivos pró-militares de Silicon Valley, ansiosos por construir as armas mais sofisticadas que o mundo alguma vez conheceu. (…) Pessoas como Thiel, Palmer Luckey, Trae Stephens e Marc Andreessen constituem uma nova vanguarda de poderosas figuras da tecnologia que fundiram a política de direita com a determinação de fornecer aos Estados Unidos um fluxo constante de novas e melhores armas e ferramentas de vigilância. Estes homens partilham a convicção de que a China representa uma ameaça existencial para os EUA e que deve ser dominada tecnológica e militarmente a todo o custo. Estão unidos na sua aversão, se não mesmo hostilidade aberta, aos argumentos de que o ritmo da invenção deve ser equilibrado com qualquer consideração moral para além da vitória. E todos eles têm muito a lucrar com esta nova corrida ao armamento impulsionada pela tecnologia.” Sam Biddle, The Intercept.
  • “(…) A pantomina começa por apresentar o Partido Democrata (PD) como a esquerda. O PD foi o partido dos esclavagistas durante a guerra civil; 70 anos depois, mesmo com a sua supermaioria, Roosevelt desistiu de uma lei federal contra os linchamentos porque os senadores democratas sulistas não o permitiriam.  (…) Chamar esquerda ao PD, ou fantasiar que representou os trabalhadores, é um insulto mal recebido pelos seus chefes. (…) O trumpismo é um identitarismo brutalista, dirigido por um fascista, com traços teocráticos e subordinado à pilhagem do país por uma elite empresarial, cujo ícone é Elon Musk, que investiu 119 milhões e ganhou 26 mil milhões com a eleição. (…)” Francisco Louçã.


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