Por favor:
1) Não utilize pinheiro-bravo (Pinus pinaster) - temos inúmeros fósforos desses plantados pelos serviços florestais em meados do século XX. Gosta de coníferas, quer plantar uma, utilize Pinheiro-de-casquinha (Pinus sylvestris) nas zonas acima dos 600 metros, lado a lado com o carvalho negral (Quercus pyrenaica). Se puder leve-os para zonas acima dos 800 metros.
2) Não utilize sobreiros (Quercus suber) nas encostas expostas a norte e muito sombreadas. No sítio que escolheu vê muita urze-branca (Erica arborea)? Rejeite o sobreiro. Ponha bidoeiros (Betula celtiberica) e Bordos (Acer pseudoplatanus). Se vir alguma linha de água próxima ponha aveleiras (Corylus avellana).
3) À sua volta domina o tojo-molar (Ulex minor) acompanhado de várias urzes roxas rasteiras (Erica tetralix, Erica cinerea, etc.). Não ponha árvores. Provavelmente está perante um urzal higrófilo com estrato herbáceo muscinal. Não toque.
4) A zona é dominada por tojo-maior (Ulex europaeus) e giesta-amarela (Cytisus striatus)? Plante medronheiros (Arbutus unedo) e sobreiro (Quercus suber).
O carvalho-alvarinho (Quercus robur) pode pô-lo em todo lado excepto a destruir tapetes muscinais de urzais higrófilos.
Plantar árvores deve ser uma ação sustentada. Não sabe o que fazer não plante, proteja! Há inúmeras plantinhas das linhagens locais que só precisam de proteção para não serem comidas por corças, cabra montês ou animais de pastoreio. Muitas vezes essa é a melhor opção. Proteja, cuide... não leve linhagens inadequadas para locais onde já há linhagens melhor adaptadas. Não menospreze os matagais rede natura. Há muita fauna e flora que padecerá se lá for posta a árvore errada.
Ficou com dúvidas? Então mate uma acácia ou um eucalipto.
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