quinta-feira, 31 de outubro de 2024

BICO CALADO

  • O deputado belga Nabil Boukili, do Partido dos Trabalhadores belga, confrontou a embaixadora de Israel na Bélgica, Idit Rosenzweig Abu, numa troca de palavras acalorada no Parlamento belga, no dia 22 de outubro. O deputado afirmou que a embaixadora está a tentar ‘justificar o injustificável’ e acusou Israel de ‘cometer um genocídio contra o povo palestiniano sob o pretexto de lutar contra o terrorismo’. Boukili exigiu responsabilidades pelas ações de Israel, antes de afirmar que Israel é ‘um Estado terrorista’ e considerou uma ‘vergonha’ que não existam sanções contra Israel.
  • GAZA: O SÉTIMO GENOCÍDIO DA GRÃ-BRETANHA. Desde a década de 1960, os governos trabalhistas e conservadores apoiaram ou concordaram com vários casos de genocídio em África, no Médio Oriente e na Ásia. Fonte.
  • As instituições literárias estão a pressionar os autores para que se mantenham em silêncio sobre Gaza. Fonte.
  • 'Se não sabe porque é que os media são tão tendenciosos quando se trata de Israel/Palestina, lembre-se que o produtor executivo da MSNBC foi, entre 1984 e 1989, um comandante dos serviços secretos militares israelitas.' Fonte.
  • Colonos israelitas apoiados pelo exército destroem a casa de uma família palestiniana cristã e apoderam-se das suas terras. Fonte.
  • “O Knesset israelita proibiu a UNRWA, uma agência absolutamente fundamental para fazer chegar a ajuda humanitária a Gaza, tendo o arquiteto do projeto de lei afirmado que isso acontecia porque “a UNRWA é igual ao Hamas”. Para além de tudo o resto que este genocídio tem sido, tem sido um insulto colossal à nossa inteligência. A UNRWA é o Hamas. Os hospitais são do Hamas. Os jornalistas são do Hamas. As infra-estruturas civis são do Hamas. Ambulâncias, escolas e mesquitas são do Hamas. As mulheres e os bebés - está bem, talvez não sejam tecnicamente do Hamas, mas o Hamas está sem dúvida a esconder-se atrás deles e a usá-los como escudos humanos. Pedem-nos que acreditemos em coisas evidentemente idiotas e, se não o fizermos, chamam-nos nazis que odeiam os judeus. Pedem-nos que nos transformemos em idiotas de cabeça vazia para promover os interesses informativos de um Estado estrangeiro aliado do nosso governo. A estupidez está a ser enquadrada como um sinal de patriotismo. A ingenuidade está a ser enquadrada como um sinal de rejeição do antissemitismo. Nesta civilização moralmente falida e perversa, a coisa mais nobre que se pode ser é um imbecil.” Caitlin Johnstone, Sim, sim, a UNRWA é o Hamas. Toda a gente que Israel odeia é do Hamas. Substack.

  • Francesca Albanese, Chris Hedges - O genocídio como apagamento colonial. Albanese analisa o seu relatório e apresenta provas incontestáveis de que Israel está a cometer ativamente um genocídio do povo palestiniano. "Os atos de matança, a matança em massa, a inflição de tortura psicológica e física, a devastação, a criação de condições de vida que não permitiriam à população de Gaza viver, desde a destruição de hospitais, a deslocalização forçada em massa e a falta de habitação em massa enquanto as pessoas eram bombardeadas diariamente, e a fome - como podemos ler estes atos isoladamente?" pergunta Albanese. A Relatora Especial das Nações Unidas descreve claramente os passos e as condições necessárias para se chegar à classificação de genocídio e, no caso de Gaza, isso é inegável. Albanese diz a Hedges: "O que é relevante para estabelecer que há genocídio não é apenas a intenção por detrás destes crimes, enunciada no artigo II da Convenção sobre o Genocídio; é a intenção geral, a intenção específica, de destruir o povo - o grupo como um todo, ou em parte, como tal. E qual é o grupo aqui? São os palestinianos." Ao longo do resto do seu relatório, Albanese descreve em pormenor a morte e a destruição angustiantes que os palestinianos suportam diariamente sob inúmeras formas, juntamente com o horror sofrido pelos não-palestinianos em Gaza. Albanese documenta números que batem recordes: o maior número de jornalistas mortos, o maior número de funcionários da ONU mortos, o maior número de hospitais atingidos, a destruição de todas as universidades, a taxa mais rápida de fome da população. É evidente, segundo Albanese, que a escala de devastação que os israelitas estão a infligir é a de uma catástrofe de terra queimada.
  • Uma cartografia do genocídio conduzido por Israel em Gaza desde outubro de 2023. Fonte.
  • Empresas sediadas na Suíça, Alemanha Irlanda, Reino Unido, Países Baixos e Dinamarca injetaram indiretamente cerca de 13,2 milhões de euros em fundos para as campanhas eleitorais dos EUA durante o atual ciclo eleitoral. Fonte. Umas pingas terão chegado a Portugal. Não será por acaso que alguns media portugueses têm dado imenso relevo a estas eleições. Como nesta casa não se acredita em milagres, a ‘campanha’ mediática portuguesa deve ter merecido ‘apoios’ considerados necessários e adequados. Dir-se-ia que Portugal é um estado dos EUA e que nós portugueses temos que estar muito bem informados para também podermos votar em Harris ou em Trump. Please, convençam-nos do contrário.
  • “(…) O corneteiro de facto é sempre um mau músico que se esforça para soprar o seu instrumento e transmitir as ordens do seu chefe. As televisões são hoje o lugar de exercício dos corneteiros - dos cornetas e ganharam um estatuto de quase músicos, sendo certo que são uns artistas. Marcelo Rebelo de Sousa será o caso de maior sucesso e alcançou um estatuto de flautista que lhe permitiu chegar onde chegou. Hoje há três cornetas principais, com direito a toque sem contraditório e que procuram transmitir as ordens à formatura que são as audiências, o mãozinhas Marques Mendes, o elegante Paulo Portas e o Nuno Rogeiro, a versão local do Bernardo Henri Levy. Estas três cornetas trazem as perguntas que entregam às partenaires e debitam o seu solo. Dão umas fífias, mas fica o som roufenho. Estes cornetas consideram normal fazerem solos para o pagode e que este os tome por músicos sérios.” Carlos Matos Gomes.

Sem comentários: