O grande incêndio da Madeira teve origem no lançamento de foguetes na Serra de Água, Ribeira Brava. A PJ identificou dois suspeitos: um foi constituído arguido, outro ainda não foi por ter, entretanto, regressado à Suíça, onde é emigrante. Nenhum dos dois suspeitos pertence à confraria que organizou o arraial de 14 e 15 de agosto, dedicado à padroeira da freguesia. Os foguetes terão sido usados de forma espontânea pelos suspeitos, mais de três horas antes de o evento religioso ter começado. Público 30ago2024.
Salvo prova(s) em contrário, - e o futuro o dirá – parece estar a desenhar-se uma cortina de fumo na tentativa de minimizar o comportamento criminoso. Diz o Público: “Mas à hora a que os engenhos foram lançados, ainda antes das 9h, mantinha-se ainda o alerta amarelo, que não estabelece restrições a esse nível [lançamento de foguetes]. E isso pode fazer a diferença no que respeita à eventual punição criminal dos suspeitos, consoante a justiça considere que podiam antever o perigo que a sua actuação comportava ou, pelo contrário, entenda que o seu comportamento foi meramente negligente, uma vez que as condições meteorológicas ainda não eram preocupantes àquela hora matinal. O facto de o habitante da Madeira constituído arguido não ter sido sequer detido indicia que, por enquanto, as autoridades se inclinam para a segunda hipótese, muito embora a investigação não tenha terminado. O que significa que incorre numa pena de prisão de até três anos de duração ou numa pena de multa, sendo esta última aplicada com frequência aos arguidos sem cadastro, como é o caso.” Sublinhe-se, entretanto, que a investigação da PJ arrasa a tese de Miguel Albuquerque, líder do Governo Regional, que afirmou em 18 de agosto: “Foi um fogo muito perigoso que derivou, não tenho nenhuma dúvida, de fogo posto numa zona inacessível e durante um período em que o meio aéreo não podia atuar”.
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