quarta-feira, 24 de julho de 2024

‘QUANDO PORTUGAL ARDEU’ 28

 
“Durante dois anos, a FLAMA toma conta do arquipélago. Sem freio. As bandeiras do movimento são hasteadas em edifícios públicos e rochedos, o primeiro-ministro Pinheiro de Azevedo, de visita ao Funchal, assusta-se com uma bomba. Os ‘flamistas’ destroem o Emissor Regional da Madeira e dominam o movimento associativo estudantil. Em 1976, durante a campanha para as primeiras eleições presidenciais, a FLAMA quase estica a corda: prepara uma operação para matar Otelo Saraiva de Carvalho com 17 quilos de gelamonite. O candidato viaja num autocarro cheio de mulheres e crianças a caminho do Machico. O atentado gera contradições entre flamistas e é evitado in extremis. ‘Seria uma carnificina’, afirma quem, dentro da FLAMA, contribuiu para evitar o pior.”

Miguel Carvalho, Quando Portugal ardeu (2017) – Oficina do Livro 2022, p 185.

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