quarta-feira, 3 de julho de 2024

BICO CALADO

  • “Se não tivesse havido o 25 de Abril o que teria sido Cavaco Silva? Um normal professor de economia, ‘um não me comprometas que a minha política é o trabalho’! Acabaria subsecretário de uma coisa qualquer; obscuro na pirâmide do regime; retrógado e cinzento ‘manholas’, mas sem terreno para progredir. De repente, depois da repetição daquele bem conhecido princípio de que ‘as revoluções devoram os seus filhos’, o campo abre-se a todo o arrivismo... E se a 'coisa' tiver apoios seguros pode-se construir uma narrativa simpática, própria de marquise como a daquela 'triste casinha' que causa saudades quando se regressa da pimbesca Mariani. Silva é um dos muitos exemplos do armazém poeirento, amontoado de trastes à espera de serem reciclados, percebendo que as coisas tinham mudado e que a prioridade era meter pauzinhos na engrenagem. Um click e, em família, deve ter dito 'chegou a hora'... Inculto, paroquial, escriturário de Maquievel de pacotilha, com tiques ditatoriais, fazia 'entradas' para anunciar ‘nada’, ralhou com o povo na noite da segunda eleição. A elevação e cultura de Sampaio causava-lhe mossa. Agora é este espetáculo crepuscular. Faz-me lembrar a Ideia Juche que a Coreia do Norte difundiu mesmo na minha Faculdade, logo a seguir ao 25 de Abril num inenarrável Conselho Científico. Cavaco Il Sung gostava de ter uma estátua; só pensa nele. Nunca, a bem dizer, saiu da tal marquise; essa é lata de atum Bom Petisco, com que começou quando era modesto e onde está a voltar agora reduzido a salada fria. Não perceber o declínio é uma forma de dizer o noivado do sepulcro como oração”. José Barata, 30jun2024.
  • O governo do Reino Unido está a impedir o Tribunal Penal Internacional de emitir um mandado de captura contra o primeiro-ministro israelita Netanyahu por crimes de guerra em Gaza. Esta é a chamada "ordem internacional baseada em regras" do Ocidente. O Ocidente muda as regras sempre que quer. Ben Norton, 29jun2024.
  • As tropas israelitas arrasam 500 hectares de terras de cultivo e demolem estufas em Rafah, destruindo a última fonte de alimentos para os palestinianos na cidade. Fonte.
  • O Reino Unido está a gastar 12.000 libras por minuto em armas nucleares. Fonte.
  • Keir Starmer já aceitou mais donativos de empresas do que todos os líderes trabalhistas desde 1997 juntos. Fonte.
  • “Dez razões pelas quais será mais um enorme erro confirmar Kaja Kallas como Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros: 1. A sua mãe e a sua avó foram deportadas pelos soviéticos em 1941, para a Sibéria. Kallas está, portanto, emocionalmente envolvida em qualquer situação referente à Rússia. Não é aceitável que a gestão de um conflito, que corre o risco de se alastrar, seja confiada a uma pessoa cujo principal objectivo é a vingança pessoal. 2. Kallas não tem intenção de encontrar uma solução diplomática para o conflito. Recentemente declarou que: ‘ Ucrânia deve vencer a guerra contra a Rússia e a Rússia deve compreender que irá perder. Este é o nosso plano A, B e C.’ O que será que, para esta pessoa, significa derrotar militarmente uma potência nuclear. 3. Kaja Kallas não tem experiência diplomática. Formou-se em direito, especializou-se em economia e tem estado envolvida na política. No momento mais delicado para o futuro da Europa, desde a Segunda Guerra Mundial, é necessário encontrar uma figura preparada e profissional para ocupar o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros. 4. Com todo o possível respeito pela Estónia, num momento tão delicado como o que se vive, não é aceitável que um país de apenas 1,3 milhões de habitantes nomeie o Ministro dos Negócios Estrangeiros de uma União que tem 447 M de habitantes. A Estónia terá certamente outras oportunidades para nomear um seu representante, mas este não é o momento certo. 5. Na Estónia, o sentimento russofóbico está generalizado entre a população, o que em termos históricos é justificado pela ocupação soviética (refira-se que a Estónia apoiou os nazis na Operação Barbarossa na Segunda Guerra Mundial). Kallas, além de dar resposta à sua vingança pessoal, também quer responder aos seus eleitores os quais, no entanto, não representam o sentimento maioritário na Europa. 6. Kaja Kallas acaba de assinar um acordo de cooperação militar com a Ucrânia. Será, portanto, provável que, como Ministro dos Negócios Estrangeiros da UE, queira impor novos fornecimentos de armamento a Kiev, pagos com o dinheiro dos contribuintes europeus. 7. Além da destruição militar da Rússia, Kallas também pretende apagar os vestígios da sua cultura. A partir de 2022, todos os monumentos soviéticos em memória da vitória na Segunda Guerra Mundial estão a ser removidos na Estónia. 8. Mas, enquanto Kallas descarrega o seu ódio contra os russos, o seu marido continuou a fazer negócios com Moscovo através da empresa de transportes Stark Logistics, apesar da lei estónia o proibir. 9. Devido ao parágrafo anterior, Kallas está a registar um declínio acentuado no apoio interno e, portanto, já não é sequer objecto de um consenso generalizado num país que tem uma população equivalente à de Lisboa. 10. Kallas participou na conferência de Bilderberg em maio passado e foi aí que, quase seguramente, terá sido cooptada como representante dos assuntos externos da UE, com todo o significado que esta situação acarreta.” Raul Luís Cunha, via António de Lemos.
  • Julian Assange está finalmente livre, mas não esqueçamos os crimes de guerra que expôs. Marjorie Cohn, TRUTHOUT.
  • Governo paga salários milionários a consultores da Ernst & Young. Fonte.


  • “A comissão de inquérito ao caso gémeas é reveladora do estado a que chegámos. Cunha? Não, não há cunha, o que está em cima da mesa em análise não é uma cunha, é pressão política do cargo mais alto do aparelho de Estado. Não é um amigo a ligar a um médico que pede a outro médico uma consulta, deixando-o com liberdade para decidir ou não se faz a consulta, o que é auto regulação do trabalho. É pressão do aparelho de Estado, ordens do aparelho de Estado que incidem sobre decisões médicas – é imposição política e não decisão dos médicos.” Raquel Varela.
  • "É preferível escrever para si próprio e não ter público, do que escrever para o público e não ser dono de si mesmo." Cyril Connolly.

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