BICO CALADO
- “Se não tivesse
havido o 25 de Abril o que teria sido Cavaco Silva? Um normal
professor de economia, ‘um não me comprometas que a minha política
é o trabalho’! Acabaria subsecretário de uma coisa qualquer;
obscuro na pirâmide do regime; retrógado e cinzento ‘manholas’,
mas sem terreno para progredir. De repente, depois da repetição
daquele bem conhecido princípio de que ‘as revoluções devoram os
seus filhos’, o campo abre-se a todo o arrivismo... E se a 'coisa'
tiver apoios seguros pode-se construir uma narrativa simpática,
própria de marquise como a daquela 'triste casinha' que causa
saudades quando se regressa da pimbesca Mariani. Silva é um dos
muitos exemplos do armazém poeirento, amontoado de trastes à espera
de serem reciclados, percebendo que as coisas tinham mudado e que a
prioridade era meter pauzinhos na engrenagem. Um click e, em família,
deve ter dito 'chegou a hora'... Inculto, paroquial, escriturário de
Maquievel de pacotilha, com tiques ditatoriais, fazia 'entradas' para
anunciar ‘nada’, ralhou com o povo na noite da segunda eleição.
A elevação e cultura de Sampaio causava-lhe mossa. Agora é este
espetáculo crepuscular. Faz-me lembrar a Ideia Juche que a Coreia do
Norte difundiu mesmo na minha Faculdade, logo a seguir ao 25 de Abril
num inenarrável Conselho Científico. Cavaco Il Sung gostava de ter
uma estátua; só pensa nele. Nunca, a bem dizer, saiu da tal
marquise; essa é lata de atum Bom Petisco, com que começou quando
era modesto e onde está a voltar agora reduzido a salada fria. Não
perceber o declínio é uma forma de dizer o noivado do sepulcro como
oração”. José Barata,
30jun2024.
- O governo do Reino
Unido está a impedir o Tribunal Penal Internacional de emitir um
mandado de captura contra o primeiro-ministro israelita Netanyahu por
crimes de guerra em Gaza. Esta é a chamada "ordem internacional
baseada em regras" do Ocidente. O Ocidente muda as regras sempre
que quer. Ben Norton, 29jun2024.
- As tropas israelitas
arrasam 500 hectares de terras de cultivo e demolem estufas em Rafah, destruindo a última fonte de alimentos para os palestinianos
na cidade. Fonte.
- O Reino Unido está
a gastar 12.000 libras por minuto em armas nucleares. Fonte.
- Keir Starmer já
aceitou mais donativos de empresas do que todos os líderes
trabalhistas desde 1997 juntos. Fonte.
- “Dez razões pelas
quais será mais um enorme erro confirmar Kaja Kallas como Alta
Representante da UE para os Negócios Estrangeiros: 1. A sua mãe e a
sua avó foram deportadas pelos soviéticos em 1941, para a Sibéria.
Kallas está, portanto, emocionalmente envolvida em qualquer situação
referente à Rússia. Não é aceitável que a gestão de um
conflito, que corre o risco de se alastrar, seja confiada a uma
pessoa cujo principal objectivo é a vingança pessoal. 2. Kallas não
tem intenção de encontrar uma solução diplomática para o
conflito. Recentemente declarou que: ‘ Ucrânia deve vencer a
guerra contra a Rússia e a Rússia deve compreender que irá perder.
Este é o nosso plano A, B e C.’ O que será que, para esta pessoa,
significa derrotar militarmente uma potência nuclear. 3. Kaja Kallas
não tem experiência diplomática. Formou-se em direito,
especializou-se em economia e tem estado envolvida na política. No
momento mais delicado para o futuro da Europa, desde a Segunda Guerra
Mundial, é necessário encontrar uma figura preparada e profissional
para ocupar o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros. 4. Com
todo o possível respeito pela Estónia, num momento tão delicado
como o que se vive, não é aceitável que um país de apenas 1,3
milhões de habitantes nomeie o Ministro dos Negócios Estrangeiros
de uma União que tem 447 M de habitantes. A Estónia terá
certamente outras oportunidades para nomear um seu representante, mas
este não é o momento certo. 5. Na Estónia, o sentimento
russofóbico está generalizado entre a população, o que em termos
históricos é justificado pela ocupação soviética (refira-se que
a Estónia apoiou os nazis na Operação Barbarossa na Segunda Guerra
Mundial). Kallas, além de dar resposta à sua vingança pessoal,
também quer responder aos seus eleitores os quais, no entanto, não
representam o sentimento maioritário na Europa. 6. Kaja Kallas acaba
de assinar um acordo de cooperação militar com a Ucrânia. Será,
portanto, provável que, como Ministro dos Negócios Estrangeiros da
UE, queira impor novos fornecimentos de armamento a Kiev, pagos com o
dinheiro dos contribuintes europeus. 7. Além da destruição militar
da Rússia, Kallas também pretende apagar os vestígios da sua
cultura. A partir de 2022, todos os monumentos soviéticos em memória
da vitória na Segunda Guerra Mundial estão a ser removidos na
Estónia. 8. Mas, enquanto Kallas descarrega o seu ódio contra os
russos, o seu marido continuou a fazer negócios com Moscovo através
da empresa de transportes Stark Logistics, apesar da lei estónia o
proibir. 9. Devido ao parágrafo anterior, Kallas está a registar um
declínio acentuado no apoio interno e, portanto, já não é sequer
objecto de um consenso generalizado num país que tem uma população
equivalente à de Lisboa. 10. Kallas participou na conferência de
Bilderberg em maio passado e foi aí que, quase seguramente, terá
sido cooptada como representante dos assuntos externos da UE, com
todo o significado que esta situação acarreta.” Raul Luís Cunha,
via António de Lemos.
- Julian Assange está
finalmente livre, mas não esqueçamos os crimes de guerra que expôs. Marjorie Cohn,
TRUTHOUT.
- Governo paga
salários milionários a consultores da Ernst & Young. Fonte.
- “A comissão de inquérito ao
caso gémeas é reveladora do estado a que chegámos. Cunha? Não,
não há cunha, o que está em cima da mesa em análise não é uma
cunha, é pressão política do cargo mais alto do aparelho de
Estado. Não é um amigo a ligar a um médico que pede a outro médico
uma consulta, deixando-o com liberdade para decidir ou não se faz a
consulta, o que é auto regulação do trabalho. É pressão do
aparelho de Estado, ordens do aparelho de Estado que incidem sobre
decisões médicas – é imposição política e não decisão
dos médicos.” Raquel Varela.
- "É preferível
escrever para si próprio e não ter público, do que escrever para o
público e não ser dono de si mesmo." Cyril Connolly.
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