BICO CALADO

• "Guerra contra Gaza: O dia em que o Ocidente considerou um ‘sucesso’ o massacre de 270 palestinianos. Os israelitas dançam nas ruas, a Casa Branca saúda uma operação ‘audaciosa’, Sunak diz-se aliviado. Como a carnificina em Gaza se tornou o novo normal." Jonathan Cook, MEE.

• O comandante do Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM), general Erik Kurilla, visitou Israel no fim de semana a convite do chefe do Estado-Maior israelita, general Herzi Halevi. A visita coincidiu com o terrível massacre perpetrado por Israel de pelo menos 275 palestinianos e o ferimento de 689 outros no campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, no sábado, durante uma operação de resgate de quatro reféns. Fonte.

• O comediante francês Meurice foi despedido devido às suas declarações humorísticas criticando o primeiro-ministro israelita Netanyahu no programa da Radio Inter, afiliada da Radio France.  A Radio France informou que o comediante tinha sido ‘despedido antecipadamente devido a um erro grave’. O Presidente do Conselho de Administração da Radio France, Sibyle Veil, declarou que esta decisão foi tomada devido à ‘teimosia e deslealdade repetida’ de Meurice. O Parla mento chumbou ainda uma proposta do Chega para instituir um feriado a 25 de Novembro. Fonte.

• A Direita uniu-se ontem (11 junho) para aprovar a criação de uma sessão solene anual de celebração do 25 de Novembro. PSD, Chega, IL e CDS falaram praticamente a uma só voz, sustentando que novembro “consolidou a liberdade” e impediu uma ditadura de Esquerda. Ao lado do PS, que votou contra, estiveram BE, PCP e Livre, todos eles a recordarem que o 25 de Abril é que foi ‘a data fundadora’ da democracia. JN 12jun2024.

• As empresas de telecomunicações faturaram no primeiro trimestre 540 milhões de euros pelos serviços fornecidos em pacote, mais 9% do que nos primeiros três meses de 2023. JN 12jun2024.

• “Macron, o mais rematado dos irresponsáveis e que continua a prometer enviar soldados para a carnificina da Ucrânia sem antes tentar negociação alguma, arrastando-nos a todos para a próxima loucura deste século, viu reduzido o seu apoio a 15% dos votos e, como um sonâmbulo (pomposo e arrogante, mas sonâmbulo), quer mesmo ficar para a História como o liberal que abriu de par em par as portas do poder de uma potência nuclear à ultradireita. Eis a história a repetir-se como farsa. E se há duas personagens que encarnam bem esta farsa, em todos os seus perigos, elas são este mesmo Macron, o jovem snobe que virou banqueiro que virou presidente que virou pirómano, e Ursula von der Leyen, que de banal plagiadora na universidade virou ministra da Família, e depois da Defesa (hoje, melhor seria dizer da Guerra), e, em 2019, segunda escolha para presidente da Comissão Europeia. Os dois são atualmente os melhores empreiteiros de vias rápidas de acesso da extrema-direita ao poder. Macron, (...) o neoliberal autoritário que bateu recordes de repressão do direitos civis na França dos últimos 60 anos, jurou ser barreira à ascensão da ultradireita francesa e, ao m de sete anos no poder, ei-la que está a dias de talvez o conseguir. Cinco anos à frente da Comissão Europeia e Leyen conseguiu ser a primeira alta responsável da UE a ser denunciada perante o Tribunal Penal Internacional por “cumplicidade em crimes de guerra e genocídio”, nada menos que pelo Geneva International Peace Research Institute. A mulher que ainda há um ano assegurava que Israel era “uma democracia vibrante” e que se colocou ao lado de uma potência ocupante que viola descaradamente o direito internacional, levando a cabo o que várias organizações internacionais classificam como genocídio, atreveu-se a mandar 'para Moscovo' os jovens manifestantes que se manifestaram contra ela no Porto — e que foram tratados também de forma 'vibrante' pela polícia... Das primeiras a romper com a tradição do seu partido alemão (a CDU) em recusar cooptar a ultradireita para o poder, ei-la a cortejar a neofascista Meloni para o PPE." Manuel Loff, A deriva - Público 12jun2024.